Infelizmente, estamos todos acompanhando pela TV, jornais, blogs, etc. a maior tragédia que se abateu sobre o transporte aéreo brasileiro. No final da tarde do último dia 17, o Airbus A320 da TAM que fazia o vôo JJ 3054, se chocou contra um prédio da TAM Express após uma tentativa frustrada de parar durante o pouso, explodindo e ocasionando a morte de mais de 190 pessoas. Muito se discute sobre as causas e responsabilidades do acidente, se a “culpa” foi da pista recém-reformada, de defeito nos reversos do avião, erro humano no cálculo da velocidade e reação, da usabilidade dos controles, da torre de controle, da empresa, do governo, etc.
A única coisa que efetivamente sabemos e temos a certeza e clareza para afirmar é que o Aeroporto de Congonhas, cravado no meio da cidade de São Paulo, concentrando grande parte dos vôos e escalas do país, não suporta a demanda. A pista é curta, não possui área de escape proporcional ao número de vôos e tamanho das aeronaves, cada vez mais esse tamanho aumenta, o número de passageiros só cresce e a cidade em volta se aproxima mais de áreas que deveriam estar isoladas por motivos de segurança.
A pressão dos passageiros, unido í pressão das empresas aéreas – para disputar os passageiros – faz com que a demanda em Congonhas só cresça. Pequenos acidentes são constantes, mas tragédias como essa precisam servir para algo mais que alertar-nos do perigo. Precisamos agir em prol de nossa própria segurança, em defesa de nossas vidas.
O Michell Lent lançou a campanha que estou ajudando a difundir aqui. Vamos escolher vôos que não passem por Congonhas. Só em São Paulo temos 3 grandes aeroportos capazes de receber os vôos sem pressa. Façamos pressão nas empresas aéreas para oferecerem vôos por esses aeroportos. Façamos pressão na mídia para que nos ajude na pressão. Façamos pressão no governo, para determinar um limite razoável de vôos por hora nos aeroportos, o tamanho máximo de aviões em cada aeroporto, além de ampliar as exigências de segurança.