Mobilidade e automatização de entrada de dados sempre foi, ao meu ver, a grande vantagem do código de barras tradicional. Desde o pagamento de contas até a automação de pontos de venda, o nosso velho conhecido é largamente utilizado e é de relativa facilidade de manutenção. Só dá trabalho quando não é lido (óbvio).
A grande desvantagem do código de barras é, sem dúvidas, a necessidade de um leitor apropriado. A segunda talvez seja a limitação na entrada de dados, devido ao padrão unidimensional e sequencial do modelo. Cada caractere (existem padrões que aceitam letras também) equivale a uma sequência de barras de diferentes larguras e espaçamentos. Quanto maior a mensagem inserida no código, maior será sua largura. Obviamente isso limita muito seu uso.
Criado pela empresa japonesa Denso-Wave em 1994, foi aprovado como padrão ISO 18004, mas só agora o QR Code (Quick Response Code) tem sua utilização difundida. O código bi-dimensional que pode ser lido diretamente por uma câmera de celular e interpretado pelos programas desenvolvidos pela fabricante, pode armazenar letras, números, código binário e Kanji / Kana (caracteres do idioma japonês. A imagem que ilustra o topo desse artigo, por exemplo, contém meu nome e URLs.
Utilizando principalmente da adoção em massa de celulares com câmera no Japão e no mundo, o QR Code está sendo utilizado no Brasil inicialmente muito mais como novidade interessante e intrigante que propriamente útil (e, infelizmente, deram várias mancadas na campanha de lançamento). Já no Japão o código já está sendo utilizado como apoio í comunicação escrita tradicional, como placas, selos de informações em produtos í venda, coisas do tipo. O bacana do QR Code é que suas aplicações, ao contrário do código de barras tradicional, são infinitas.
Produto com informações no QR Code
Revista japonesa com Código QR
O Eric Messa por exemplo, tomou como inspiração o Projeto Dear Diary e criou sua própria campanha “Contact T-Shirt”, estimulando as pessoas a criarem camisetas com seus dados de contato. Eu já imagino aquele bando de nerd no próximo BlogCamp vestindo essas camisetas ao invés de usarem crachás. 😉 Para entrar “na onda”, basta você baixar o software leitor gratuitamente para o seu celular e usar o gerador online igualmente gratuito para criar seus códigos em diversos tamanhos. Para handhelds e smartphones baseados em Windows Mobile, a Microsoft criou seu próprio leitor, o Windows Live Barcode.
E você? Tem alguma idéia do que pode ser feito com o QR Code? Manda aí!