De tempos em tempos, ouvimos alguém falar em “telas” por aí. A “primeira tela”, a “sgeunda tela”, e por aí vai. Parecem aqueles marcos que separam as Internets em fases (quantas vezes já ouvimos falar em Web 2.0, Web Square, etc?), mas em muitos momentos isso faz bastante sentido e é interessante observar as migrações de interesse e atenção dos usuários/consumidores pelos canais existentes.
Qual será o próximo passo? O que iremos inventar de nvas telas que despertem esse interesse. Será que o Google Glass poderá ser considerado uma “tela” diferente dos celulares e tablets? o que dizer do iWatch, que ainda nem foi lançado e já existe fila de interessados? A minha aposta é outra: a TV, ou melhor, a convergência na TV.
TV, a primeira tela
Tudo começou com ela, há (a sensação é de) eras. A TV se tornou o centro das reuniões familiares, da publicidade, da divulgação de notícias e do entretenimento. Ainda hoje se investe uma grana exorbitante nesse canal, que já foi tantas vezes dado como morto, assim como o rádio, o jornal e a revista.
Computador, a segunda tela
Principalmente com a chegada da Internet comercial e com os lares invadidos pela banda larga, o computador se tornou uma enorme fonte de atenção, interesse, consumo e investimentos. Muitos, hoje, já utilizam o computador como sua tela primária, a fonte principal de toda informação consumida, fonte de renda e entretenimento (jogos, filmes, séries de – pasmem – TV). E mesmo com a facilidade de mobilidade de um notebook, perdeu um pouco de instataneidade para os aparelhos ditos mobile.
Mobile, as terceira e quarta telas
Aqui fica confuso e nebuloso, pois muitos consideram os celulares como a terceira e outros como a quarta tela, por conta das inovações dos smartphones e tablets. Vamos deixar dessa forma então, não vou mexer no que está estabelecido e até considero justo. Tudo o que conhecemos por mobile teve muitas mudanças, desde a chegada dos smartphones, iPods, tablets. E aqui eu considero os relógios e óculos com computadores embutidos, como parte dessa categoria. Merecem uma categoria apartada ou expandida, que seja.
A busca por velocidade de informações fez com que os usuários se apaixonassem pelos aparelhinhos, pelos serviços rápidos de divulgação (o Twitter explodiu por conta dos smartphones, o Facebook hoje é mais acessado por mobile que por computadores). Muitas pessoas, felizes proprietários de espertofones, fazem uso dele como a última coisa antes de dormir e a primeira ao acordar. É ou não algo poderoso?
Pontos de Passagem, PDV, Mobiliário Urbano. A quinta tela vai até o usuário
Depois que o usuário levou a tela com ele, ela o persegue nos pontos de atenção. Como a partir do computador, o usuário tem o controle “da tela” em seu computador ou dispositivo móvel, a propaganda teve que se adaptar aos diversos formatos. E uma forma de impactá-lo fora do seu ambiente de controle, é tentando atrair sua atenção nos pontos em que ele está distraído ou mesmo em ambientes propícios à compra. Você obviamente já prestou atenção em telas dentro de elevadores, banheiros, metrô, ônibus, dentro de shoppings, etc. Mas claro que em momento algum você pensou em “quinta tela” ou coisa parecida, era apenas uma espécie de TV com propaganda ou monitor com serviços ao consumidor (mapa interativo?).
Smart ou Convergência na TV, em minha opinião, a sexta tela
E eis que estamos vivendo numa nova era da televisão (não somente do aparelhor televisor). O usuário não é um mero consumidor da informação transmitida, ele quer interagir, quer enviar mensagens para os programas ao vivo, quer compartilhar suas impressões com seus amigos, quer xingar o juiz do jogo de futebol pelo Twitter (ou narrar o jogo, há gosto – e block – pra tudo). Cada vez mais aparecem novas formas de interação. Os programas ao vivo recebem e-mails e mensagens via redes sociais, postam fotos ou charadas nas redes para promoções durante a programação, sorteiam experiências utilizando esses meios, enfim, a interação já existe da forma que é possível. E os não-mais-apenas-expectadores utilizam seus computadores e dispositivos móveis para interagir.
Nenhum fabricante quer perder essa chance, então, já existem diversos modelos e todo dia aparecem novos, de TVs inteligentes e conectadas – versões familiares dos smartphones – as Smart TVs. Com aplicativos, conexão com a Internet, interação direta com outros equipamentos da casa (celulares, tablets, notebooks e quem sabe mais o que no futuro), programação flexível e personalizada, mais de uma atividade simultânea (para quem não consegue acompanhar apenas uma coisa por vez) e muito mais. A TV volta a ter capacidade de reunir pessoas, mas não mais para apenas consumir, mas interagir, compartilhar.
Será que, como várias outras coisas na vida, fechamos o ciclo? Será que a sexta tela é a primeira novamente? Será que a TV vai se estabelecer como central de mídia, informação e entretenimento ao contrário de todas as previsões que apontavam o PC e depois o celular?
Em minha opinião, é para onde os ventos apontam no momento. Claro que tudo pode mudar amanhã…
E você? O que acha?