Livro - Rua Do Medo - O Pesadelo

Uma cama antiga, de madeira envernizada, com dossel cor-de-rosa.
Essa era apenas uma das muitas surpresas que esperavam por Maggie na casa para a qual havia se mudado, na Rua do Medo.
Uma casa abandonada, sombria e que em dias de chuva parecia ainda mais assustadora. Nem o sol ajudava. O cenário continuava desolador. Todas as casas da vizinhança precisavam de uma pintura urgente. Eram tão pobres. Mas não tinha jeito. Depois da morte do pai, era ali mesmo que ela, a irmã e a mãe teriam de morar.
Toda noite, Maggie sonhava que estava sendo forçada a assistir ao mesmo assassinato. No sonho uma garota sempre pedia socorro. Quem seria?
No lúgubre silêncio do quarto, nada mais se movia. Tudo ficou escuro, ela sentiu a cabeça arder de tanta dor e pressentiu que sua vida corria perigo.
Acordou assustada. Mas não tinha ninguém ali. Foi um pesadelo. Maggie repetiu essas palavras muitas vezes, como se cantasse uma canção de ninar. Dormir, entretanto, era a última coisa que ela conseguiria fazer. Na verdade tinha medo de voltar a sonhar.
Aquele sonho era um mau presságio.
Quando horríveis acidentes começaram a acontecer, ela teve certeza. Estar acordada transformou-se, então, no maior de todos os pesadelos.