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Livro - Tatiana Leskova
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Tal qual bebida forte, a bailarina Tatiana Leskova provocou caretas em muita gente. Nascida na Paris dos anos 20 e filha de russos exilados pela revolução, é uma personagem que se sobrepões à sua obra - nada menos do que colocar o Brasil no mapa da dança. Para ficar por aqui, teve que fugir do Original Ballet Russo, fuga esta que levou o escritor Carlos Lacerda a dedicar-lhe um conto.
Esta e outras histórias de Madame Leskova - como é conhecida entre os não Ãntimos - são narradas em Tatiana Leskova - Uma bailarina solta no mundo. O tÃtulo leva assinatura da crÃtica de dança Suzana Braga, que escreve com ares de cúmplice e cuidados de amiga.
Logo no primeiro capÃtulo, a autora explica a que vem: mostrar que Tatiana é muito mais do que a personalidade ferina que se tornou sua marca. De fato, fez muito aluno chorar e, trajando collant e saia godê de jérsei pretos, cigarro na mão, costumava receber moças com uns gramas a mais com um nada suave "Minha filha, você engordou!".
Mas a bailarina também é aquela que curava bolhas nos pés e joelhos lesionados, tinha truques para otimizar a vida das sapatilhas gastas e dava mais bolsas de estudos do que seu orçamento permitia.
Fez de tudo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde atuou como regente diversas vezes. Enfrentou administrações prepotentes, um Corpo de Baile enfurecido e, certa feita, um diretor com segundas intenções. Trouxe o "monstro sagrado da dança" Léonide Massine ao PaÃs e tornou-se remontadora oficial de suas peças.
O único segredo de Tatiana, que a autora define como tão russa quanto a vodka, francesa quanto o champanhe e brasileira como a caipirinha é um romance, no qual fez papel de amante. Passados os 80 anos, no entanto, a bailarina se queixa apenas de continuar à espera de um "prÃncipe encantado que desperte a bela dança brasileira".
Esta e outras histórias de Madame Leskova - como é conhecida entre os não Ãntimos - são narradas em Tatiana Leskova - Uma bailarina solta no mundo. O tÃtulo leva assinatura da crÃtica de dança Suzana Braga, que escreve com ares de cúmplice e cuidados de amiga.
Logo no primeiro capÃtulo, a autora explica a que vem: mostrar que Tatiana é muito mais do que a personalidade ferina que se tornou sua marca. De fato, fez muito aluno chorar e, trajando collant e saia godê de jérsei pretos, cigarro na mão, costumava receber moças com uns gramas a mais com um nada suave "Minha filha, você engordou!".
Mas a bailarina também é aquela que curava bolhas nos pés e joelhos lesionados, tinha truques para otimizar a vida das sapatilhas gastas e dava mais bolsas de estudos do que seu orçamento permitia.
Fez de tudo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde atuou como regente diversas vezes. Enfrentou administrações prepotentes, um Corpo de Baile enfurecido e, certa feita, um diretor com segundas intenções. Trouxe o "monstro sagrado da dança" Léonide Massine ao PaÃs e tornou-se remontadora oficial de suas peças.
O único segredo de Tatiana, que a autora define como tão russa quanto a vodka, francesa quanto o champanhe e brasileira como a caipirinha é um romance, no qual fez papel de amante. Passados os 80 anos, no entanto, a bailarina se queixa apenas de continuar à espera de um "prÃncipe encantado que desperte a bela dança brasileira".