Realidade Aumentada (Augmented Reality) é como é chamada a combinação de imagens reais, de preferência em tempo real, com elementos virtuais criados por computador. A maioria de nós já viu várias aplicações de Realidade Aumentada na TV, sem sequer saber o nome disso (quem liga?).
Vamos lembrar alguns exemplos: a) Sabe o “tira-teima” da Globo? Os comentaristas fazem “rabiscos” por cima das imagens gravadas de alguns lances, tirando dúvidas sobre um gol ou penalti, por exemplo, inserindo ainda dados como velocidade da bola ou distância percorrida; b) Lembra da Olimpíada passada, quando os atletas nadavam disputando com “ele mesmo” no recorde anterior? Segundo a segundo, a imagem do nadador era sobreposta com uma simulação dele próprio, como se estivesse na piscina; c) De novo na Globo, o novo cenário do Fantástico simula o ambiente de algumas matérias, misturando-o ao local onde os apresentadores estão; d) E eu já falei da previsão do tempo moderna? 😉
Todos os exemplos acima, mesmo sendo bastante evoluídos e em constante melhoria, tem uma característica comum: são programados com antecedência, muitas vezes são exibidos na TV apenas na imagem pré-gravada e não permitem que nós, os telespectadores, controlemos. O que vem por aí em Realidade Aumentada vai muito além do entretenimento televisivo e você vai poder levá-lo a utilizações diversas, com propósitos diversos e – o melhor – interagir.
A Realidade Aumentada no celular está entre nós
Parece ficção científica para muitos, mas a Realidade Aumentada já está presente em aplicações para dispositivos móveis, como os celulares. Ainda no início, é mais comum vermos jogos, bichinhos virtuais e aplicações de localização de estabelecimentos. Tanto o ambiente Android, da Google, quanto o iPhone 3GS da Apple, são ferramentas poderosas para a disseminação de aplicativos com Realidade Aumentada. Veja alguns exemplos abaixo:
ARf, um bicho de estimação feito em Realidade Aumentada
Essa é uma das aplicações que são mais uma prova de conceito do poder dessa tecnologia. A partir de uma figura (um código de barras 2D) rastreada pela câmera do celular, um elemento virtual 3D é posicionado na imagem em tempo real, causando a impressão de que ele está realmente í sua frente. Pode-se até mesmo interagir “tocando” no bichinho.
Metro Paris mostra onde estão as estações mais próximas, além de outros estabelecimentos
Tida como a primeira aplicação lançada de Realidade Aumentada no iPhone 3GS, o Metro Paris exibe na tela do celular o mapa das estações e linhas de metrô de Paris, além de informar a direção e distância de cada uma delas, seja em forma de bússola, seja em “placas virtuais” da imagem da câmera do aparelho. Há também a opção de localizar outros estabelecimentos, como Starbucks e McDonalds.
Presença é o novo aplicativo do Bradesco para iPhone 3GS
Reúne em um só lugar várias informações sobre agências e pontos de atendimento do banco. Telefones úteis, localização no mapa, busca por região, indicação de direção e distância através da bússola do 3GS e um gráfico posicionado nas imagens da câmera indicando localização dos pontos de atendimento no horizonte. Muito parecido com o Metro Paris, mas com pequenas diferenças de conceito (via Brain#9).
O que vem por aí (futurologia)
Pára-brisa do carro funciona como tela transparente e GPS integrado
Imagine que você está em seu carro e não precisa ficar olhando para o aparelho GPS no painel ou ouvindo – com atraso – as orientações em áudio do aparelho. Seu pára-brisa, completamente transparente, não impede que você enxergue o caminho, porém, você consegue ver “setas e faixas 3D” í sua frente, indicando a direção que deve seguir, onde você está e as distâncias. Um mapa em tempo real pode ser projetado no canto da tela, para que o passageiro acompanhe o roteiro e, talvez, acompanhe os “tweets” das pessoas sobre o trânsito da região.
Lentes de contato aumentam a realidade diretamente em seus olhos
Projeto de Babak Parviz, pesquisador da Universidade de Washington, as lentes ainda não são realidade, mas já existe um primeiro protótipo. O propósito dos cientistas é desenvolver uma tela que funcione diretamente em contato com os nossos olhos e projete as imagens que precisamos sem a necessidade de um monitor ou celular em nossa frente. Existem dificuldades a serem superadas, como a radiação emitida pela antena que gera energia para alimentar o gadget, ou o sobre-aquecimento, mas é fato que, em um futuro não muito distante, isso seja perfeitamente possível. E por que não, lentes intra-oculares?
Eu não duvido de nenhuma possibilidade, embora saibamos o nível de probabilidade de determinada solução, desde a concretização do conceito até mesmo a adoção do mercado. Quantas pessoas você conhece que se submeteriam a um implante cerebral para ter Realidade Aumentada diretamente na fonte? Existem limites, claro, só precisamos saber quais são eles.
O que você acha?