Não há dúvidas de que estamos passando por um divisor de águas, onde vários conceitos e principalmente rótulos estão sendo criados, repaginados, revisitados e reinaugurados. Também não há dúvidas de que a grande estrela da atualidade é você, o usuário, o consumidor.
Em todo canal de televisão, aberto ou fechado, em vários sites na Internet e mais recentemente até revistas impressas, temos visto conteúdo e publicidade criada pelos próprios usuários / consumidores / público-alvo. Durante bastante tempo as empresas, os clientes de agências, ignoraram o poder dessa nova comunicação e o que se vê agora é uma explosão generalizada. Muita gente grande (agências e publicitários famosos) fazendo vídeo caseiro-fake – simulação profissional de um vídeo amador – e tentando emplacar como viral.
Não adianta. Os consumidores sabem distinguir o que é intencional do acidental. E convenhamos, o acidental tem uma capacidade estupidamente maior de se tornar um viral. Tomem como exemplo o vídeo do reporter Lasier Martins levando choque. Essa situação poderia ser simulada muito facilmente, mas nós notaríamos, não teria se espalhado tanto.
Então de que forma um video teria um potencial poder viral sem ser acidental? De que forma fazer um video intencionalmente e ter grande chance de emplacar como guerrilha? A resposta é simples: deixe que o seu público, seu consumidor construa, faça parte do processo de criação dessa campanha.
Dois exemplos reais desse potencial novo formato são o Festival de Curtas-metragens Neosaldina e o site Zooppa. O primeiro, é uma campanha da famosa pílula para dor de cabeça, que por si só já carrega um alto teor viral, gerando um concurso que irá premiar em R$ 5 mil o autor do vídeo mais criativo sobre o tema “dor de cabeça”.
Já segundo, é um conceito interessante de CGM usando o que chamamos de Web2 (eles deram o nome de Social Advertising). O cliente envia um briefing e o valor do prêmio, os usuário criam os vídeos e os próprios usuários votam nos melhores, que levam a bolada e têm seu trabalho vinculado ao cliente (normalmente de grande porte). Uma grande chance para talentos escondidos e pequenas agências de guerrilha se projetarem.
Visto no Blog de Guerrilha e no Propaganda Interativa.