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    Phorm desembarca no Brasil, trazida pela Oi

    O meu amigo Knutz avisou lá no CyberVida sobre a vinda do Phorm para o Brasil. A solução, que já foi banida na Europa, enfrenta um sério movimento de resistência na Internet, inclusive com grandes nomes se juntando ao protesto. A Phorm fornece uma forma de rastrear os passos do usuário na Internet e (teoricamente) utilizá-los para fornecer publicidade direcionada.

    Uma solução controversa similar já é utilizada pela Google em seu AdWords/AdSense desde o ano passado, sem muito alarde. Nesse caso, o usuário só consegue ser rastreado em sites em que a solução de publicidade da Google é utilizado e, também teoricamente, só serve para montar um “perfil de consumo” de publicidade segmentada.

    Segundo a matéria divulgada na Revista Época, o programa BT Webwise da Phorm entra no paí­s com o nome de “Navegador” e vem trazido pela operadora Oi Velox. O programa já está sendo testado com clientes de banda larga do Rio de Janeiro da operadora e promete ser a próxima dor de cabeça da privacidade. Instalado e ativo no provedor, é possí­vel rastrear toda e qualquer ação que o usuário faz via Internet, além de poder monitorar o conteúdo dessa navegação (exceto, claro, nos sites seguros, com criptografia).

    A empresa afirma que o serviço será “opt-in” (o usuário escolhe quando participar), mas na British Telecom, na Inglaterra, paí­s de origem da empresa, o problema começou justamente porque isso não aconteceu. Todos os clientes usavam, sem saber, o tal programa e só pedindo pra sair é que eram (supostamente) removidos do programa. Você confia numa empresa que já fez isso antes? Acredita que aqui será diferente, ou mesmo que eles realmente deixarão de rastreá-lo caso você peça? Se você é security freak como eu, certamente prefere não arriscar.