Hoje fui na coletiva de imprensa para o lançamento dos modelos Sony Vaio 2010. Algumas novidades, algumas melhorias em modelos existentes, mas a estrela do evento foi mesmo o Sony Vaio W Eco, uma beleza de portátil, iniciativa mais "verde" da Sony até então.
O Vaio Eco foi concebido desde o início considerando a redução de impactos ao meio ambiente. Desde sua tela iluminada por LEDs e livre de mercúrio, o corpo feito com 80% de plástico reciclado (que por sua vez é composto por 20% de plástico reaproveitado e 80% de plástico virgem), até mesmo na embalagem e forma de distribuição do equipamento para as lojas.
Desde que eu escrevi um pequeno texto com uma coletânea de alternativas ecológicas de reaproveitamento de garrafas PET, recebo diariamente visitas e contatos a procura de instruções de como fazer um pufe, cadeira ou sofá com garrafas PET. Eu nunca fiz nenhum – até mesmo separei um tutorial para tentar colocar a idéia em prática e já estou juntando as garrafas – mas para adiantar e tentar atender quem procura, fiz uma outra coletânea (menor), que você pode ver abaixo.
Pufe (ou Puff) de garrafa PET
A grosso modo, um pufe feito com garrafas PET é simplesmente um aglomerado de garrafas encaixadas, unidas por fita e com uma cobertura bonitinha pra dar uma disfarçada. Parece ser bem simples a confecção de um.
O primeiro passo para se fazer uma cadeira com garrafas PET, é fazer um pufe ;-). Se o formato for quadrado, mais fácil ainda encaixar um recosto e prendê-lo junto ao assento. No site da Rede EcoBlogs, tem um tutorial ilustrado ensinando direitinho como fazer uma. Além da fita, eles pedem barbante e chave de fenda, para construir o móvel. Basicamente um pufe com recosto.
Sofá de garrafa PET
Agora vem o desafio! Você já aprendeu a fazer um pufe, que se mostrou ser um passo necessário para criar uma cadeira e agora imagine que essa cadeira tem um assento grande o suficiente para duas pessoas sentarem e um recosto confortável e seguro o suficiente para possamos sentar e deitar para ver TV. Esse é o nosso sofá feito com PET. 🙂 A professora Graça, de Navegantes (SC), já fez e deixou fotos para provar o feito em seu site. Não achei tutorial, mas se você for esperto, consegue fácil fazer um mod da cadeira ;-).
E você, tem alguma dica, um tutorial, uma cartilha que ensine passo-a-passo a fazer um desses ou algum outro móvel com material reciclado? Envie pra mim, que eu terei o maior prazer de disponibilizar aqui no blog.
Aproximadamente em 1988 a garrafa descartável feita com polietileno tereftalato – ou PET, como conhecemos – surgiu como opção leve e barata para substituição das pesadas e de alta manutenção, garrafas de vidro. Infelizmente, não foi lançada em conjunto com as embalagens uma solução para o recolhimento e reutilização das mesmas, muito menos reciclagem.
O Brasil produz anualmente cerca de 3 bilhões de garrafas PET, um produto 100% reciclável, mas o volume de reciclagem atualmente beira os 50%. Isso significa na prática que pelo menos 1 bilhão e meio de plástico não-biodegradável é descartado no meio ambiente por ano, o que significa algumas centenas de anos para absorção na natureza.
Um dos maiores obstáculos ao crescimento tecnológico, que atualmente tem sido pauta em diversas comunidades no mundo todo – não só entre os ambientalistas, como de costume – é reduzir a agressão ao meio ambiente e aos seres humanos. Por conta disso, tem-se criado leis e procedimentos para lidar com a tecnologia e seus resíduos (principalmente), além de pesquisas para se tentar reduzir ao máximo esses impactos.
O uso de materiais tóxicos, poluentes e contaminantes na composição de produtos industrializados tem sido um dos fatores preocupantes dessas discussões. Há alguns anos, por exemplo, as operadoras de celular criaram postos de coleta para as baterias usadas nos aparelhos que seriam descartadas no lixo comum, contaminando o meio ambiente e prejudicando os seres vivos. Hoje com modernas técnicas de reciclagem existentes, é possível reaproveitar muitos desses materiais, evitando seu descarte – mesmo que controlado.
Depois de uma conversa que tive com meu cunhado, geólogo e ambientalista, comecei a ter mais interesse em assuntos relacionados ao meio ambiente, pois identifiquei em mim um grande consumidor de recursos. Minha ferramenta de trabalho é o computador, além de ser o meio é o fim, pois os produtos gerados por mim necessitam dele para serem consumidos. Energia elétrica, silício, plástico e tantos outros materiais envolvidos no meu trabalho são agressores ou consumidores de recursos naturais (ou ambos).