Difícil lembrar outro artista que, como Cibelle, utilize tantos elementos distintos para criar músicas tão originais, cativantes e cheias de imaginação. Mas não vamos usar meias-palavras: seu segundo álbum é uma verdadeira obra-prima. É uma combinação de instrumentação acústica folk e programações eletrônicas, guitarras e brinquedos de criança, ambientações sonoras carregadas de textura e melodias cristalinas interpretadas por uma voz inconfundível e comovente. Escutar cada uma das músicas de The Shine of Dried Electric Leaves é como ouvir uma história e explorar uma paisagem cheia de surpresas, tudo ao mesmo tempo. As letras de Cibelle e suas idéias para as músicas saem diretamente das emoções que vive: ela diz que gosta de usar a própria vida como um laboratório, e garante que é cobaia e cientista ao mesmo tempo... Cibelle produziu este álbum ao longo de 18 meses, levando algumas das faixas de Londres (onde mora atualmente) para São Paulo (onde nasceu) e de volta para Londres, colhendo no caminho a colaboração de vários co-produtores e artistas como Mike Lindsay (do duo britânico de folk eletrônico Tunng), Apollo Nove (o inovador artista/produtor de São Paulo, que também participou da produção de seu álbum de estréia), o engenheiro de som parisiense Yann Arnaud (Air, Sebastien Schuller), além dos convidados especiais Seu Jorge, Devendra Banhart, e Spleen, que também já gravou com a dupla CocoRosie.