Na discussão acerca dos rumos da política educacional no Brasil e suas conseqüências para a escola pública, não raro, olha-se a escola pelo lado de fora; por isso, neste trabalho, deu-se voz aos sujeitos sociais diretamente envolvidos com ela: delegados de ensino, diretores, professores e pais de alunos. Nessa medida, o objetivo foi verificar suas percepções a respeito das políticas educacionais do Estado de São Paulo no período de 1984 a 1997, sob o pressuposto de que o Estado possui mecanismos normativos que dependem, no entanto, da aceitação dos indivíduos a quem pretendem orientar para obter legitimidade. Daí a necessidade de ouvi-los, a fim de compreender como estas políticas são percebidas, recebidas e implementadas na escola pública.