Oferta de
CD Luiz Eça - Reencontro
Mais ofertas de Luiz Eça
por
R$ 29,90
* Confira sempre o valor atualizado antes de efetuar a compra.
Mais informações da Oferta
?O reencontro com a afetividade, com a qualidade, com os amigos que ele amou?. A frase, escrita no encarte do álbum por Fernanda Quinderé, parceira e viúva do pianista e compositor Luiz Eça (1936-1992), traduz o clima que envolveu as gravações, realizadas entre agosto e setembro de 2002, no estúdio da Biscoito Fino. A gravadora carioca lança agora este disco-tributo para celebrar o lado autoral deste grande músico, vigoroso no palco e genial na criação de arranjos e temas. Neste álbum, finalmente, ele é reconhecido como compositor na mesma proporção em que era exaltado como instrumentista. Em maio último completaram dez anos da morte de Luizinho, como todos o chamavam.
Muitos dos amigos que dividiram recitais, estúdios e mesas de bar com Luizinho participam desta homenagem. Alguns assinam arranjos, outros interpretam as obras-primas do pianista selecionadas para o repertório (um total de 14 faixas, entre elas Alegria de viver, Oferenda, Prelúdio pai e filho e a faixa-tÃtulo, Reencontro). Estamos falando de músicos da importância de Francis Hime, Wagner Tiso, Edu Lobo, Zeca Assumpção mais Ivan Lins, Nelson Angelo, Luiz Alves e Mario Boffa Jr. - só para citar alguns dos 76 profissionais envolvidos na confecção do álbum.
E se Luizinho está presente em cada fragmento do registro, uma parte dele comparece em carne e osso: o filho Igor Eça, baixista da maior competência, que revela o talento herdado do pai quando executa as peças Weekend (aqui num arranjo festivo de Jaques Morelembaum, com João Donato ao piano, Carlos Malta na flauta e dois quartetos - um de cellos, outro de vocais) e Tema de Anita (no qual cintilam o acordeon de Sivuca e o violão de Toninho Horta). A direção musical da bolacha é do violonista Mario Adnet.
Escolhida para abrir o álbum, certamente pela indiscutÃvel beleza, a magistral Dolphin havia sido gravada duas vezes no mesmo elepê de Bill Evans ? em trio e com orquestra. Uma passagem engraçada incrementa a biografia de Eça e mitifica o tema: Evans cometeu um erro de harmonia destes registros. Na ocasião, a falha foi apontada por Eça numa entrevista. Isso deve ter mexido com os brios do gringo, que veio ao Brasil para aprender a harmonia correta com o autor. A ?aula? foi ministrada no piano do Chico´s Bar, na Lagoa, Rio de Janeiro (há uma fotografia divertida deste encontro no encarte do disco).
Outra música que traz um episódio curioso é Quase um adeus (que entra no álbum com o arranjo original de Eça). O poeta Vinicius de Moraes visitava o casal Lenita e Luizinho e, enquanto bebia uma dose de uÃsque, Eça compunha ao piano. Vinicius perguntou que música triste era aquela. Luizinho respondeu que estava se separando da esposa e a obra serviria como um adeus, ao passo que Vinicius respondeu ?não é um adeus, é quase um adeus?. Inspirado pelo sentimento do amigo, escreveu a letra na mesma hora. Estes versos jamais foram encontrados, mas, felizmente, o tÃtulo e a melodia atravessaram décadas ? e podem ser apreciadas hoje neste Reencontro.
Muitos dos amigos que dividiram recitais, estúdios e mesas de bar com Luizinho participam desta homenagem. Alguns assinam arranjos, outros interpretam as obras-primas do pianista selecionadas para o repertório (um total de 14 faixas, entre elas Alegria de viver, Oferenda, Prelúdio pai e filho e a faixa-tÃtulo, Reencontro). Estamos falando de músicos da importância de Francis Hime, Wagner Tiso, Edu Lobo, Zeca Assumpção mais Ivan Lins, Nelson Angelo, Luiz Alves e Mario Boffa Jr. - só para citar alguns dos 76 profissionais envolvidos na confecção do álbum.
E se Luizinho está presente em cada fragmento do registro, uma parte dele comparece em carne e osso: o filho Igor Eça, baixista da maior competência, que revela o talento herdado do pai quando executa as peças Weekend (aqui num arranjo festivo de Jaques Morelembaum, com João Donato ao piano, Carlos Malta na flauta e dois quartetos - um de cellos, outro de vocais) e Tema de Anita (no qual cintilam o acordeon de Sivuca e o violão de Toninho Horta). A direção musical da bolacha é do violonista Mario Adnet.
Escolhida para abrir o álbum, certamente pela indiscutÃvel beleza, a magistral Dolphin havia sido gravada duas vezes no mesmo elepê de Bill Evans ? em trio e com orquestra. Uma passagem engraçada incrementa a biografia de Eça e mitifica o tema: Evans cometeu um erro de harmonia destes registros. Na ocasião, a falha foi apontada por Eça numa entrevista. Isso deve ter mexido com os brios do gringo, que veio ao Brasil para aprender a harmonia correta com o autor. A ?aula? foi ministrada no piano do Chico´s Bar, na Lagoa, Rio de Janeiro (há uma fotografia divertida deste encontro no encarte do disco).
Outra música que traz um episódio curioso é Quase um adeus (que entra no álbum com o arranjo original de Eça). O poeta Vinicius de Moraes visitava o casal Lenita e Luizinho e, enquanto bebia uma dose de uÃsque, Eça compunha ao piano. Vinicius perguntou que música triste era aquela. Luizinho respondeu que estava se separando da esposa e a obra serviria como um adeus, ao passo que Vinicius respondeu ?não é um adeus, é quase um adeus?. Inspirado pelo sentimento do amigo, escreveu a letra na mesma hora. Estes versos jamais foram encontrados, mas, felizmente, o tÃtulo e a melodia atravessaram décadas ? e podem ser apreciadas hoje neste Reencontro.