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O Brasil que surge a partir de 1930, embora moderno, se constrói a partir da combinação entre um padrão de industrialização tardio e a restrição à incorporação política do trabalhador. Isso conformou um trabalhador urbano específico, subordinado a um capitalismo industrial sem peias, que avançou no assalariamento, mas sustentou-se em baixos rendimentos e no trabalho informal. Mesmo assim, o número alcançado pelos trabalhadores urbanos no Brasil atesta o vigor do crescimento econômico industrial. Se incorporação era parcial no consumo e na cidadania, ainda assim, frente à miséria no campo, tornar-se trabalhador urbano assalariado significava, então, uma vida melhor para as famílias migrantes. O problema é que mesmo essa incorporação precária foi, nas últimas décadas, cada vez mais negada. A Crise da Dívida (anos 1980) seguida das reformas de corte neoliberal (anos 1990) transformaram o mercado de trabalho urbano, obrigando o trabalhador a aceitar qualquer vaga que lhe garantisse renda ao final do mês. O resultado do período foi uma forte queda no rendimento desse grupo, elevando de 43% para 52% sua participação entre a população pobre do país. Por isso, este segundo volume trata especificamente desses trabalhadores urbanos e busca caracterizar sua história, seu momento atual de crise, sua dificuldade de reproduzir-se e, talvez mais importante, distinguir o que parece ser o fim de suas ilusões de ascensão social.

Livro - Atlas Nova Estratificação Social no Brasil - Volume 2

R$ 23,40

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