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Livro - A Ópera Maldita
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O romance A ópera maldita, do italiano Andrea Camilleri, não é apenas mais um lançamento assinado pelo homem que criou o famoso comissário de polÃcia Salvo Montalbano e se tornou responsável por diversos best sellers em todo o mundo. O livro foi aclamado como a sua obra-prima e elevou o autor ao patamar dos grandes literatas de seu paÃs. Através de um texto riquÃssimo, Camilleri narra uma fábula polÃtica tingida por tons farsescos em que o representante do Estado decide apresentar a ópera Il birraio di Preston, de Luigi Ricci, na noite de inauguração do teatro de uma pequena cidade. Enxergando essa escolha como uma imposição, os habitantes se revoltam e dão origem a atos de vandalismo que acabam por transformar a história do povoado. Baseado em um inquérito parlamentar sobre a expulsão dos Bourbons da SicÃlia em 1860, A ópera maldita é uma ótima oportunidade para quem se acostumou com as tramas policiais de Andrea Camilleri conhecer uma outra faceta do autor - a do inventivo romancista histórico. Como em uma verdadeira ópera, Camilleri se apropria de uma tragédia para transformá-la em uma estilizada e excêntrica comédia.
Camilleri ambienta a trama (assim como a maior parte de seus trabalhos) na cidade fictÃcia de Vigàta - que representa a terra natal do autor, Porto Empedocle. "Vigàta é uma cidade imaginária, de fronteiras variáveis e extensas que compreendem toda a SicÃlia", diz o escritor. A caracterÃstica mais marcante do romance está, entretanto, na linguagem. Com sua tradicional ironia, Camilleri brinca com os diferentes dialetos italianos (o romano, o milanês, o piamontês, o toscano) e chega a dar à luz uma espécie de lÃngua particular. Com isso, cada personagem do livro pode ser reconhecido através de uma peculiar maneira de se expressar. A situação cultural, o nÃvel social e as caracterÃsticas psicológicas de cada um, dos mafiosos aos homens do governo, passando por artistas e operários, podem ser notados através dos diálogos.
Camilleri ambienta a trama (assim como a maior parte de seus trabalhos) na cidade fictÃcia de Vigàta - que representa a terra natal do autor, Porto Empedocle. "Vigàta é uma cidade imaginária, de fronteiras variáveis e extensas que compreendem toda a SicÃlia", diz o escritor. A caracterÃstica mais marcante do romance está, entretanto, na linguagem. Com sua tradicional ironia, Camilleri brinca com os diferentes dialetos italianos (o romano, o milanês, o piamontês, o toscano) e chega a dar à luz uma espécie de lÃngua particular. Com isso, cada personagem do livro pode ser reconhecido através de uma peculiar maneira de se expressar. A situação cultural, o nÃvel social e as caracterÃsticas psicológicas de cada um, dos mafiosos aos homens do governo, passando por artistas e operários, podem ser notados através dos diálogos.