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Livro - Platão & Aristóteles
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Nem todo mundo percebe que as bases do nosso moderno pensamento cientÃfico repousam em idéias e conceitos que nasceram há mais de dois mil anos, na Antiga Grécia. Em Arte e Filosofia a consciência do pensamento grego é bem mais forte. Agora, a coleção "Imortais da Ciência" da Odysseus Editora, com Os Caminhos do Conhecimento, volume inteiramente dedicado às concepções de mundo dos dois mais conhecidos filósofos gregos, Platão e Aristóteles, lança luz sobre o tributo devido pela Ciência moderna às especulações dos dois antigos pensadores.
Apesar de terem sido apresentados há quase dois mil e quinhentos anos, os conceitos platônicos e aristotélicos orientaram o pensamento ocidental por dois mil destes anos, entre 400 AC. e o final do Século XVII. Isso sem dúvida prova a força matricial de suas idéias.
De Platão nos vem a distinção, fundamental até hoje, entre a idéia abstrata e a realidade tangÃvel. Para o pensamento platônico, os conceitos supremos, como Perfeição, Beleza ou Verdade, só podem existir verdadeiramente num "mundo das Idéias". Tais Idéias, em si perfeitas, seriam as matrizes da realidade terrena, que corresponderia a nada mais que um reflexo delas, com graus variados de erro. Assim, toda realidade neste mundo teria necessariamente um nÃvel de imperfeição. Um cÃrculo perfeito só existiria idealmente. Na prática, para Platão, o que mesmo a mais aperfeiçoada tecnologia pode nos dar é uma aproximação da perfeição. A existência de algo "no" mundo implica, obrigatoriamente, em distorção, desvio, erro. É fácil ver como essa concepção se relaciona com a proposição, bem contemporânea, de que a mera observação já altera o fenômeno. Não pode deixar de ser assim, diria um tranqüilo Platão a fÃsicos contemporâneos, pois o erro está como que enraizado em nossos sentidos.
Já Aristóteles pode ser com justiça considerado como um dos pais do que costumamos chamar de método cientÃfico. Não só por sua notória influência sobre a escolástica e sobre Descartes, mas pela tendência, presente em sua obra, de se dedicar ao mundo natural, fÃsico, pragmático, para entender suas leis subjacentes. É de seu pensamento que saem as exigências de lógica e coerência que vão marcar todo o desenvolvimento do experimentalismo ocidental. A repetibilidade das experiências, a concretude dos fenômenos, a convicção de que a razão tem habilidade para decifrar as leis internas da Natureza são idéias basilares da Ciência que se encontram todas, em germe, nos textos aristotélicos.
Como, porém, Platão e Aristóteles não escreviam para leigos, verter seus conceitos de forma acessÃvel é uma tarefa que exige intimidade com as idéias filosóficas de ambos e experiência em formatá-las de modo compreensÃvel. O autor deste novo volume da coleção "Imortais da Ciência", Marco Antonio de Ávila Zingano, é doutor em Filosofia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, e ensina Filosofia Antiga na Universidade de São Paulo, onde já realiza essa obra de difusão que ganha, agora, o formato de livro e um maior alcance junto a quem se interessa pelas origens conceituais da Ciência moderna.
Apesar de terem sido apresentados há quase dois mil e quinhentos anos, os conceitos platônicos e aristotélicos orientaram o pensamento ocidental por dois mil destes anos, entre 400 AC. e o final do Século XVII. Isso sem dúvida prova a força matricial de suas idéias.
De Platão nos vem a distinção, fundamental até hoje, entre a idéia abstrata e a realidade tangÃvel. Para o pensamento platônico, os conceitos supremos, como Perfeição, Beleza ou Verdade, só podem existir verdadeiramente num "mundo das Idéias". Tais Idéias, em si perfeitas, seriam as matrizes da realidade terrena, que corresponderia a nada mais que um reflexo delas, com graus variados de erro. Assim, toda realidade neste mundo teria necessariamente um nÃvel de imperfeição. Um cÃrculo perfeito só existiria idealmente. Na prática, para Platão, o que mesmo a mais aperfeiçoada tecnologia pode nos dar é uma aproximação da perfeição. A existência de algo "no" mundo implica, obrigatoriamente, em distorção, desvio, erro. É fácil ver como essa concepção se relaciona com a proposição, bem contemporânea, de que a mera observação já altera o fenômeno. Não pode deixar de ser assim, diria um tranqüilo Platão a fÃsicos contemporâneos, pois o erro está como que enraizado em nossos sentidos.
Já Aristóteles pode ser com justiça considerado como um dos pais do que costumamos chamar de método cientÃfico. Não só por sua notória influência sobre a escolástica e sobre Descartes, mas pela tendência, presente em sua obra, de se dedicar ao mundo natural, fÃsico, pragmático, para entender suas leis subjacentes. É de seu pensamento que saem as exigências de lógica e coerência que vão marcar todo o desenvolvimento do experimentalismo ocidental. A repetibilidade das experiências, a concretude dos fenômenos, a convicção de que a razão tem habilidade para decifrar as leis internas da Natureza são idéias basilares da Ciência que se encontram todas, em germe, nos textos aristotélicos.
Como, porém, Platão e Aristóteles não escreviam para leigos, verter seus conceitos de forma acessÃvel é uma tarefa que exige intimidade com as idéias filosóficas de ambos e experiência em formatá-las de modo compreensÃvel. O autor deste novo volume da coleção "Imortais da Ciência", Marco Antonio de Ávila Zingano, é doutor em Filosofia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, e ensina Filosofia Antiga na Universidade de São Paulo, onde já realiza essa obra de difusão que ganha, agora, o formato de livro e um maior alcance junto a quem se interessa pelas origens conceituais da Ciência moderna.