Reconquista: Entre Águias e Corvos

Reconquista: Entre Águias e Corvos

Em uma terra há muito dividida pela hostilidade entre povos distintos, após uma curta trégua, novos inimigos são definidos. Nas duas maiores cidades de Elécia, militares e aristocratas disputam pela garantia de seus interesses, e uma grande conspiração se levanta contra o rei Vertílio. Indiferente às crises, o tempo prossegue. No entanto, após um outono excessivamente longo, fica claro que o mundo mergulha em um futuro incerto. Os elécios perderam a sua antiga glória, e por isso, dizem, os deuses os abandonaram. Enquanto a segunda era decai em conflitos intermináveis, forças ocultas começam a emergir, forças contra as quais ninguém está pronto para lutar.

Assim que os orientais se afastaram das muralhas, as disputas internas se acirraram entre os elécios. No Palácio de Venúsia, o rei Vertílio ocupava o trono a fim de entregá-lo aos anciãos, ordenando-os para que agissem como sucessores após sua morte. A rainha e o príncipe, ao verem uma dinastia de dez mil anos ser ameaçada pelas decisões do soberano, começaram a conspirar contra ele.
O país estava dividido.
Os militares ostentavam o prestígio de terem guerreado contra os povos do leste, o que conferia a eles um inquestionável papel na segurança do país. Ainda assim, muitos de seus líderes cediam à corrupção.
Os aristocratas, embora poucos, se comportavam como uma força descentralizada, interferindo em diferentes estruturas do reino a fim de preservar os próprios interesses.
Quando Arturo, o comandante da Ordem Negra, recebeu duas requisições de comparecimento à cidade de Nautívia, descobriu que uma segunda ruptura, agora entre os próprios militares, ameaçava inflamar ainda mais a guerra.
Enquanto os homens se distraíam com as próprias disputas, forças ocultas emergiam em silêncio.
Após o outono ter durado quase oito meses, ficou claro que o mundo estava mudando.

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