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Lira dos noventa anos
MARCIA VINCI Marcia Vinci nasceu em Poços de Caldas, Minas Gerais, em 1933 e vive em São Paulo desde 1951. É autora dos livros Poemas do sim e do não (paraLeLo13S, 2017), Funâmbula (paraLeLo13S, 2019) e Meu país não tem saída para o mar (paraLeLo13S, 2020). Estudou na Universidade de São Paulo e trabalhou na rede pública de ensino como professora de português e francês. *** No seu quarto livro de poemas, Lira dos noventa anos, Marcia Vinci relata a passagem do tempo de uma mulher à beira dos noventa anos. Resgata o tempo passado, retirando dele suas fontes originárias e experiências vividas, trazendo-as para o presente e projetando-as para o futuro, traçando o caminho inexorável morte-vida. Na primeira parte, “Pandemia-pandemônio”, composta de 20 poemas, o poeta insere-se no mundo caótico do vírus avassalador, da guerra, do desgoverno, da destruição, da “hora amarga”, como escreveu Fernando Pessoa. “A última porta”, com 27 poemas, começa na infância e chega à vida adulta e à velhice. O tema morte-vida é mantido, agora levado pelo olhar de Guimarães Rosa, pra quem “a morte é uma volta à poesia”. A poeta busca nos rituais da infância ligados à morte, a velórios e enterros, a interação dos seres humanos com a mais crua e inexorável realidade. A grande aventura humana, abrangendo, o amor, a família, o encontro com a natureza, a vida do dia a dia, até o encontro com o grande portal. Uma tentativa de colocar a si mesmo, como poeta e ser vivido, diante do mundo e sua verdade. Com voz lírica e bem humorada. A terceira parte é feita à maneira de flashes fotográficos da vida de pessoas solitárias na cidade de São Paulo e conduz o leitor a participar desta jornada dos sozinhos no mundo. “Só nós/sós/somamos, como mostra o palíndromo de Marina Wisnik. “A voz que descreve com humor sério e leveza densa a passagem dos anos, duração ora tão fugaz, ora duradoura dos afetos, o mistério da escrita.” — Josélia Aguiar
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