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Livro - Quem Contará as Pequenas Histórias?

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A Editora Globo lança biografia romanceada sobre o poeta, empresário e político Augusto Frederico Schmidt, autor elogiado por Drummond e Bandeira. Os episódios costurados em Quem Contará as Pequenas Histórias? deixam claro a diversidade de caminhos que o mapa póstumo de uma vida é capaz de abranger. Como um funcionário da Casa Costa Pereira Armarinhos e Tecidos Finos tornou-se o ghost-writer preferido de Juscelino Kubitschek e assumiu o comando da Operação Pan-Americana? Qual destino o fez publicar Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, e Caetés, de Graciliano Ramos?
É possível um poeta ser o precursor das redes de supermercado do país? E, afinal, com quantas angústias infantis se faz o verso adulto?
A trajetória do poeta abrange atividades que podem parecer antagônicas. Paralelamente à sua produção poética - iniciada com o Canto do brasileiro (1928), Cantos do liberto (1928), Navio perdido (1929), Pássaro cego (1930), Desaparição da amada (1931), Canto da noite (1934) e outros onze livros - Schmidt fundou uma editora em 1931 e publicou as primeiras obras de Graciliano Ramos, Jorge Amado, Gilberto Freyre, Rachel de Queiroz, Vinicius de Moraes e muitos outros. Foi diretor da Orquima, empresa cuja principal atividade era a exportação de minerais radioativos. Após visita aos Estados Unidos, Schmidt resolve apostar na formação da primeira cadeia de supermercados do país.
O livro, escritor por Letícia Mey e Euda Alvim, além de explorar os principais fatos da vida de Augusto Frederico Schmidt, está recheado de citações, críticas e elogios de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Autran Dourado, cartas enviadas a presidentes e amigos, crônicas publicadas nos principais jornais da época e, sobretudo, poesias de diversas fases do autor que nos permitem, no mínimo, realizar uma viagem emocionante.
A obra tem ainda o mérito de cauterizar o repúdio gerado pelo diálogo de Schmidt com figuras da direita conservadora. Uma forte antipatia intelectual surgiu, causando indiferença em relação às obras do poeta e atirando o escritor num ostracismo persistente, mas revogável pela grandeza de seus versos.
Os ecos da primeira fase do modernismo brasileiro encontraram respaldo e morada na poesia de Augusto Frederico Schmidt. Além de reconhecer e participar da instituição dos novos paradigmas literários, permaneceu próximo de suas angústias existenciais e da simplicidade de seu próprio cotidiano. Não foi possível realizar a transfusão completa de sentimentos em prol da forma, do antropofagismo e do nascionalismo exacerbado. Schmidt deixou brotar a morte, os presságios e a solidão sem demarcar com rigidez as linhas divisórias entre o homem que caminha pelas ruas do Rio de Janeiro e aquele que encontra a si mesmo na cratera universal do humano.

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