Vila das Brumas

Vila das Brumas era lugar de gente pouca. Uma dúzia de famílias dividia aquele recanto rodeado por carvalhos e cedros, por onde a névoa se embrenhava quase toda noite.

A magia não era coisa estranha nesse lugarzinho pitoresco, onde a jovem Lírio Valente vivia com sua família e sua gata de pelagem tricolor. Embora por aquelas bandas estivessem todos acostumados ao incomum, uma coisa intrigava: a história que dizia que, em algum lugar da vila, uma caverna escondia um incrível tesouro.

Rezava a lenda, em todo dia 13 agosto a alma corajosa que se aventurasse no lugar teria a oportunidade de conquistar a tal riqueza — isto é, se conseguisse obtê-la da entidade sombria que a guardava. Lírio nunca deu muita bola para tesouros, mas quanto mais o dia fatídico se aproximava, mais a lenda se tornava vívida em sua mente...

E ela não era garota de recusar uma boa aventura.

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