Capitalismo e colapso ambiental

A perspectiva de um colapso ambiental vem sendo evidenciada pelas ciências e pelas humanidades desde os anos 1960. Hoje, ela impõe sua urgência. Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU, adverte incessantemente: “se nada for feito, o colapso dos serviços prestados pelos ecossistemas é uma clara possibilidade”. Esse colapso difere dos das civilizações passadas por não ser nem local, nem apenas civilizacional. Ele é global e ocorre no nível mais amplo da biosfera, da qual as sociedades humanas dependem existencialmente. Evitar a falência das estruturas de sustentação dos ecossistemas, voltar a “caber” na biosfera, só será possível se desmontarmos a engrenagem socioeconômica expansiva que moldou nossas sociedades desde o século XVI. A sociedade futura será pós-capitalista ou não será uma sociedade complexa, e mesmo talvez, deve-se temer, sociedade alguma. Alargar esse consenso nascente foi o que motivou este livro. Luiz Marques é professor universitário e doutor em História da Arte pela Universidade de Paris IV. Publicou diversos livros e ensaios sobre a Tradição Clássica e, mais recentemente, também sobre a crescente degradação antropogênica dos ecossistemas. Leia mais no blog da Editora da Unicamp e assista aos episódios do programa Café com Conversa – Desastres ambientais e A questão ambiental. Confira também a versão digital do livro.Veja mais:Livro da vezPrograma Café com Conversa: Desastres AmbientaisPrograma Café com Conversa: Questão AmbientalPrograma Café com Conversa: Mudanças climáticas globaisNotícias

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