Cult #282 – Feminismo marxista

Cult #282 – Feminismo marxista

“Por que retomar Marx para pensar o feminismo, e por que usar o feminismo para pensar o marxismo?”

Organizado por Maria Lygia Quartim de Moraes, o dossiê Feminismo marxistasonda a questão de diferentes perspectivas, apontando a importância do do feminismo marxista no enfrentamento do neoliberalismo.

No ensaio Divisão sociossexual do trabalho, Claudia Mazzei Nogueira aborda a articulação entre o trabalho assalariado da mulher e o trabalho reprodutivo.

Já no ensaio de Bruna Della Torre, Daniela Costanzo e Isabella Meucci, reflete-se como é preciso partir de Marx, mas também da crítica de sua obra e do reconhecimento da reprodução social como parte inerente ao sistema capitalista, para ampliar o horizonte emancipatório e torná-lo realidade.

Em Coalizões possíveis, Danielle Tega retoma algumas definições do feminismo decolonial que fortalecem uma práxis feminista contra o Estado capitalista, racista-colonial e heterocispatriarcal.

Rosane Borges encerra o dossiê ao refletir sobre os feminismos negros e as subjetividades capazes de protagonizar ações revolucionárias renovadas.

A entrevistada da edição é a psicanalista e historiadora francesa Elisabeth Roudinesco, que chama a atenção para o excesso de reivindicações identitárias, para a emergência de um pensamento retrógrado mundial, assim como para as contribuições de Freud para a compreensão de nossa atualidade.

Encerram a edição textos de Manuel da Costa Pinto sobre a história da Cult ao longo de 25 anos, de Marcia Tiburi sobre a relação entre religião e capitalismo e uma crítica de Welington Andrade que entrelaça duas peças teatrais.

Na edição que comemora os 25 anos da revista, um manifesto afirma os princípios da publicação e sua concepção de cultura como corpo vivo e espírito de contradição.

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