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ROBERTO CARLOS: AS CANÇÕES QUE VOCÊ FEZ PRA MIM
Este livro de Maciel de Aguiar custou, pasmem, meio século para ser produzido, pesquisado, e finalmente escrito. Isso porque ele faz convergir aqui um conjunto de vertentes insuspeitas e originais, que vão da dedicação canina à obra e à pessoa de Roberto Carlos, até a uma pesquisa-indagação de tirar o fôlego.Quanto à admiração ao RC, posso testemunhar porque fui, em 1999, a seu gabinete de secretário de Estado de Cultura do Espírito Santo, apenas para encerrar, com ele, Maciel, um projeto em que eu alinharia as cem canções definidoras da MPB no Século XX, prestes a se encerrar.
E faltava uma, ao menos uma, do Roberto. Ao lhe indagar sobre a escolha, Maciel me desfiou, de uma enxurrada, ao menos dez. Ao enumerá-las, o entusiasmo do meu amigo jornalista e fã era tamanho que mais parecia um político em candente discurso a pedir votos aflitos para toda uma coleção de canções robertianas. De fato, regredindo no tempo, acudo-me agora do quanto me emocionou a admiração do Maciel pelo Roberto, a latejar por todos os poros.
A segunda vertente a que me referia aí acima contempla a persistência da pesquisa, uma obsessão do autor por meio século, maturada e paciente. Ou melhor, quase voraz. Sim, por cinquenta anos (1969-2019), nosso (quase) herói só teve olhos e fôlego para indagar a Deus e ao mundo quais as músicas de Roberto haviam marcado suas vidas a ferro e fogo.
Ele ouviu centenas de pessoas comuns. Mas entrevistou também personalidades. Para resumir uma longa história, Maciel conversou com motoristas, garçons, pescadores, músicos, prostitutas, boêmios, e por aí vai. Mantendo compromisso singular e ético, ao citar apenas as iniciais dos entrevistados.
Ao lado de gente como a gente comum do povo, Maciel abriu cortinas para ouvir muitos famosos como Vinícius, Drummond, Ayrton Senna, Altemar Dutra, Sérgio Sampaio, Rubem Braga, Garrincha e Oscar Niemeyer. Procurou de Chico Xavier até a mãe do pai das canções, a Lady Laura – que disse, como boa mãe, que gostava de todas as canções do filho por igual. Aliás, Maciel conclui seu livro de entrevistas com o testemunho da irmã Fausta, hoje aos 97 anos, a freira que deu ao RC o famoso medalhão, “para lhe dar sorte”.
E que sorte... Até porque o nosso cantor-compositor (meu vizinho na Urca) é avaliado pelo historiador do canto popular que vos escreve como o maior fenômeno de “continuidade de sucesso, 60 anos ininterruptos” que a MPB registra.
E observem bem: refiro-me aos mais de cinco séculos de maturação, em que a canção do povo se amolda, cristaliza-se e se define.
Rio, 24 de outubro de 2019.
Ricardo Cravo Albin
Presidente do Instituto Cultural Cravo Albin
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