VIDAS SECAS: O LEGADO E O IMPACTO CULTURAL DO ROMANCE DE GRACILIANO RAMOS

Nesta produção o leitor irá encontrar caminhos percorridos pelo que ficou conhecido como Romance de 30, que reúne diversas literaturas que refletem seu caráter social da segunda fase do modernismo no Brasil (1930 - 1945). São obras que trazem à reflexão e discussão elementos que caracterizam a regionalidade brasileira, especialmente o cenário nordestino. Deste modo, esse conjunto de romance ficou conhecido como romances regionalistas ou neorrealistas, cuja intencionalidade dos autores centrava-se na denúncia contra as desigualdades e injustiças sociais nos anos 1930, e que até nos dias atuais estão ainda presentes no Brasil, principalmente no sertão nordestino. O professor Leonardo Campos destaca que Vidas Secas constrói uma narrativa de um cenário social marcado por uma imposição arbitrária que entrecruza com a dominação do patriarcado, e as relações de trabalho são construídas a partir da dominação de poucos sobre muitos, em que o homem do campo não é inserido no seu direito de reivindicar seus direitos, e, nesta perspectiva, o filme também traz à tona as questões sociais. O professor Leonardo Campos faz uma breve análise do romance e da sua versão em homônima para o cinema, ao considerar Vidas Secas como um dos filmes que melhor representa as propostas estéticas e políticas do Cinema Novo no Brasil, graças a Nelson Pereira dos Santos, o responsável por traduzir para a linguagem cinematográfica não somente a obra de Graciliano Ramos, mas, de Jorge Amado e Machado de Assis.

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