De Fogo e Céu

No aniversário da avó de Daniel, o pai do menino sai de casa para buscar o bolo da festa e não volta com vida.
O som de um disparo de arma de fogo ecoa pela rua, e a comoção das pessoas ao redor da cena do crime deixa claro que uma tragédia aconteceu. Ao ver o corpo do pai estirado na calçada, como se não fosse nada — como se não fosse ninguém —, algo muda dentro de Daniel e, enquanto ele observa o assassino de seu pai ser levado pela polícia, uma sensação o transforma para sempre.
Dez anos mais tarde, Daniel trabalha em um mercado, mora em um apartamento semidecente e vive seus dias sem grande entusiasmo pela vida. A sensação daquele dia, no entanto, permanece em seu peito, e quando ele descobre que o assassino do pai foi solto da prisão, essa sensação angustiante cresce dentro de si; uma sede com a qual ele não sabe exatamente o que fazer, mas sabe bem o que é...
Vingança.

Se sob todas as coisas se escondesse um vasto vazio que jamais pudesse ser preenchido, o que seria a vida senão desespero?

Porém, Daniel logo se vê em um dilema: diferentemente de todas as histórias de vingança, na sua o próprio assassino vem até ele e o oferece sua vida. É justo que seja dessa maneira? Há perdão para uma perda tão grave, um crime tão hediondo? Daniel terá a coragem necessária para ir em frente com o sonho de retaliação que nutre desde menino?
De Fogo e Céu é um livro sobre o trauma da perda, a sensação de impunidade e o que apenas quem passa por isso é capaz de fazer — ou não — para sentir que a justiça foi propriamente realizada.

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