A vida é curta demais para tomar café em canecas ordinárias

Antes de mais nada, preciso dizer a você que tenho uma história de afeto com este livro. Eu e a minha companheira tivemos, há alguns anos, uma editora e quisemos muito publicá-lo. A vida é curta demais para tomar café em canecas ordinárias é um livro delicioso de ler e impossível de largar até a última página. Escrito a partir de seis eixos temáticos – aparências (e outras máscaras), ilusões (e outros desastres), amores (e outras tragédias), viagens (e outros vícios), família (e outros acidentes) e cotidiano (e outros tropeços) – as narrativas repletas de ironia, humor e autocrítica encantam o leitor pela capacidade da linguagem de dar novos sentidos aos fatos, revelando que a vida pode ser ainda mais intensa. Partindo de acontecimentos simples, como uma caneca que se quebra, um sorriso gratuito de um desconhecido ou uma mensagem que chega pelo Whatsapp, Roberta Simoni nos faz testemunhas da ebulição de pensamentos numa mente inquieta com a vida. “Eu sou um pontinho na multidão, eu sou uma multidão inteira. Eu sou o livro devorado de uma só vez.” Essa é a mágica da identificação pela escrita: terminar a leitura com vontade de abraçar – a autora, o livro, a vida – e celebrar os risos, as reflexões, as emoções e os insigths que cada página trouxe. [Teofilo Tostes Daniel]

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