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Este livro aborda o contexto do surgimento das Câmaras Setoriais vinculadas ao setor agroindústrial no país, avaliando seu significado para a formulação de políticas e o caráter de seu funcionamento. Sobre o seu significado, pode-se dizer que as câmaras representam mudança na forma de ?fazer política? para o setor agroalimentar no país: primeiro, observa-se uma lenta mudança do padrão de definição de políticas que, no passado, preocupava-se com a agricultura ?em geral? e hoje volta-se cada vez mais para os produtos, de forma especializada, ao mesmo tempo em que leva em conta os segmentos industriais inter-relacionados; em segundo lugar, representam mudança política ao incorporarem os grupos de interesses organizados em torno das cadeias produtivas na formulação de políticas públicas. Estes fóruns começaram a ser formados no país no final da década de 80 e início dos anos 90, mas permaneceram no cenário nacional através das experiências estaduais. Além disso, houve uma mudança paulatina do caráter de funcionamento, passando por uma primeira fase, em que predominou a visão reivindicativa, para um segundo momento, quando o papel dos grupos privados cresceu na formulação e implementação de políticas para as cadeias produtivas. Assim, verificou-se um crescimento de experiências de auto-regulação e de parceria, que acabou se concretizando nas câmaras setoriais estaduais, especialmente em São Paulo. Por fim, realizou-se um estudo sobre os diversos papéis desempenhados pelas CS, especialmente no Estado de São Paulo, e uma avaliação sobre o alcance das ações originadas nestas câmaras para os diversos atores sociais (empresários, trabalhadores e consumidores).