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Livro - No ExÃlio
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Onze anos antes de nascer sua irmã mais famosa, Clarice, Elisa Lispector nasceu na Ucrânia (mesmo paÃs da irmã que marcou nossa literatura para sempre). Elisa, bem diferente da irmã - que buscava, num intimismo sem igual, as mais profundas águas onde um olhar turvo porém metafÃsico pudesse flagrar o ser humano afogando-se entre sentidos reveladores e sentidos extraviados -, sobretudo em No ExÃlio, esse romance-Canaã, traz sua protagonista à luz das ações épicas. Saindo de uma Rússia onde o tzarismo cai, há os pogroms, os judeus perseguidos, logo a revolução bolchevique, 1917 empurrando levas incontáveis de emigrantes para diversas partes do mundo. Eis Elisa Lispector e seu cenário, amplo.
Para a irmã famosa, Clarice, uma personagem parece à deriva da realidade. Para Elisa, a realidade, sempre à deriva, exige personagens firmes que a atravessem, passando por paÃses, realidades diversas, sem parar para verem quem são e sim, apenas, para onde vão.
Na fuga, sob a condição judaica posta a serviço da inconfiável tutela do risco, Lizza, a personagem principal desse romance publicado pela primeira vez em 1948, vem com seu povo e passa por uma Europa ameaçada em por fantasmas que tornar-se-ão reais: a I Guerra Mundial, a II, e eventos como a criação do Estado de Israel.
Chegando bem mais tarde ao Brasil, a Maceió, e instalando-se em Recife (como se deu com a famÃlia de Elisa, na realidade), o humanismo necessário deixa seu recado numa ficção de primeira linha, que, embora trabalhe com fatos datados, não é datada. "Aquele que destrói uma vida é como se tivesse destruÃdo o mundo. E aquele que salva uma vida é como se tivesse salvado o mundo." Nesse sentido, Elisa Lispector não se distingue de Clarice Lispector: o indivÃduo é, afinal, seja qual for sua trajetória, Ãntima ou coroada de ação, a garantia de que o mundo continua e tem sentido.
Para a irmã famosa, Clarice, uma personagem parece à deriva da realidade. Para Elisa, a realidade, sempre à deriva, exige personagens firmes que a atravessem, passando por paÃses, realidades diversas, sem parar para verem quem são e sim, apenas, para onde vão.
Na fuga, sob a condição judaica posta a serviço da inconfiável tutela do risco, Lizza, a personagem principal desse romance publicado pela primeira vez em 1948, vem com seu povo e passa por uma Europa ameaçada em por fantasmas que tornar-se-ão reais: a I Guerra Mundial, a II, e eventos como a criação do Estado de Israel.
Chegando bem mais tarde ao Brasil, a Maceió, e instalando-se em Recife (como se deu com a famÃlia de Elisa, na realidade), o humanismo necessário deixa seu recado numa ficção de primeira linha, que, embora trabalhe com fatos datados, não é datada. "Aquele que destrói uma vida é como se tivesse destruÃdo o mundo. E aquele que salva uma vida é como se tivesse salvado o mundo." Nesse sentido, Elisa Lispector não se distingue de Clarice Lispector: o indivÃduo é, afinal, seja qual for sua trajetória, Ãntima ou coroada de ação, a garantia de que o mundo continua e tem sentido.