Cada um dos discos traz 14 músicas de um dos arquitetos da Bossa Nova. O primeiro remete a um período em que o pianista erudito Fábio Caramuru se encontrava sob uma forte sensação de ausência com relação ao compositor de "Chovendo na Roseira", que havia partido em 1994. O álbum espelha fielmente como as músicas foram escritas. No segundo, a melancolia e a saudade deram lugar a uma sensação alentadora de reencontro. Durante o processo de elaboração musical, Fábio Caramuru sentiu como se Jobim estivesse presente, dialogando e guiando sua alma. Assim, pôde combinar mais livremente sua linguagem pianística com a obra jobiniana. Fábio Caramuru contou com a participação do contrabaixista Pedro Baldanza em algumas faixas. Em embalagem digipack, a arte gráfica assinada por Fernando Sato reforça os contrapontos presentes nesse álbum duplo. É o patrimônio de um carioca visitado por um paulista; a ausência do maestro e sua presença como um dos maiores nomes da cultua brasileira; é a música popular do ponto de vista pianístico. Fábio Caramuru oferece uma ótima chance para que os fãs da música brasileira conheçam novos ângulos da grandiosa obra de Tom Jobim.