Séculos de perseguição Obra vencedora do Prêmio Austregésilo de Athayde (União Brasileira de Escritores, 1997) Um livro que percorre a história da figura feminina no imaginário coletivo universal, discutindo sua importância religiosa e seu lugar na sociedade. A autora, Maria Nazareth Alvim de Barros, parte de épocas longínquas - quando o homem ainda desconhecia seu papel na fecundação e a mulher era cultuada como única geradora do mundo. Passa por toda a reestruturação do pensamento religioso em torno de um Deus masculino, que transformou a Deusa pagã na bruxa queimada pela Inquisição, e chega à época atual, onde, às portas do Terceiro Milênio, ainda são praticados rituais extremamente violentos contra as mulheres. As Deusas, as Bruxas e a Igreja é um livro que mostra a permanência da figura da Grande Mãe nas ideologias sociais, discutindo as heresias como alternativas ao pensamento ortodoxo machista, predominante em práticas religiosas como o Judaísmo e o Cristianismo. O ponto alto do livro é o estudo da Inquisição, analisada como um movimento para exterminar o feminismo, que se mostrava perigoso para a Igreja a partir dos séculos XII, XIII e XIV. Maria Nazareth Alvim de Barros tem formação em psicanálise e mestrado em literatura francesa. Foi professora e hoje dedica-se exclusivamente à literatura. Ministra palestras, conferências e cursos sobre a civilização celta e sua mitologia, a lenda de Tristão e Isolda e a lenda Anturiana em diversas instituições de ensino.