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Livro - Baú de Espantos
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Com Baú de espantos, Mario Quintana revisita sua infância e a própria poesia, buscando a valorização da experiência do cotidiano
Baú de espantos, de Mario Quintana, foi publicado pela Editora Globo em 1986, quando o poeta completou 80 anos. Também foi editada a antologia 80 anos de poesia, organizada por Tania Franco Carvalhal, responsável pela exposição ''Quintana dos 8 aos 80'', montada em Porto Alegre. Ainda em 1986, Quintana recebeu os tÃtulos de Doutor Honoris Causa da Universidade do Vale dos Sinos e da PUC-RS, e foi patrono da XXXI Feira do Livro de Porto Alegre.
Esta quarta reedição do livro pela Editora Globo, na Coleção Mario Quintana - projeto coordenado pela professora Tania Franco Carvalhal, que prevê a publicação de 18 tÃtulos do autor, no rol das comemorações do centenário de seu nascimento, em 2006 -, vem precedida do estudo ''O instante, matéria-prima da poesia'', de Antonio Hohlfeldt, que conviveu com Quintana e escreveu outros textos importantes sobre o poeta. Baú de espantos foi uma das última obras de Quintana e reuniu 99 poemas até aquela data inéditos, havendo inclusive escritos de sua juventude, como o poema ''Maria'', de 1923, quando ele tinha 27 anos, o que confere ao livro uma estrutura de rigorosa montagem e um caráter especial. Quase todos os poemas são breves e em versos livres, mas há sonetos (alguns com métrica e rima) e mesmo poemas em quadras com versos heptassÃlabos e rimados.
Na apresentação do volume, Antonio Hohlfeldt alinhava as principais linhas de força que atravessam a poética de Quintana. Dentre elas, destaca-se no seu processo de criação o permanente diálogo que o poeta mantinha consigo mesmo, numa espécie de solilóquio continuado, paralelo ao diálogo envolvente com o leitor como procedimento de recepção. Os temas, sempre variados, quase sempre surgem em pares combinados por oposição: fim do mundo versus presença da eternidade, Deus versus Diabo, passagem do tempo versus progresso, poesia versus poeta, anonimato versus solidão, ausência fÃsica versus presença pela memória, tempo que destrói a vida versus infinitude da morte etc. Destaca-se, sobretudo, a reflexão sobre o próprio fazer poético como o principal procedimento criativo do autor. Tomando a poesia como móvel para o encantamento, Quintana promove a elevação do cotidiano a objetivo central, a partir do qual ele revisita sua infância (não vista de modo saudosista ou nostálgico, mas como possibilidade de manutenção da capacidade de perguntar e descobrir) e repropõe a necessidade do espanto permanente diante das pequenas ou grandes descobertas do homem comum. Ao mesmo tempo, alinhava os temas da viagem (para dentro de si mesmo), da morte e de sua significação, dando continuidade, nesse último aspecto, a uma constante em seu trabalho.
A edição vem ainda enriquecida com uma ''Bibliografia do Autor'' (incluindo obra publicada no Brasil e no exterior, participações em antologias nacionais e estrangeiras, obras de Quintana traduzidas e obras traduzidas por Quintana), uma ''Bibliografia selecionada sobre o autor'', e uma extensa ''Cronologia'' de sua vida e obra.
Baú de espantos, de Mario Quintana, foi publicado pela Editora Globo em 1986, quando o poeta completou 80 anos. Também foi editada a antologia 80 anos de poesia, organizada por Tania Franco Carvalhal, responsável pela exposição ''Quintana dos 8 aos 80'', montada em Porto Alegre. Ainda em 1986, Quintana recebeu os tÃtulos de Doutor Honoris Causa da Universidade do Vale dos Sinos e da PUC-RS, e foi patrono da XXXI Feira do Livro de Porto Alegre.
Esta quarta reedição do livro pela Editora Globo, na Coleção Mario Quintana - projeto coordenado pela professora Tania Franco Carvalhal, que prevê a publicação de 18 tÃtulos do autor, no rol das comemorações do centenário de seu nascimento, em 2006 -, vem precedida do estudo ''O instante, matéria-prima da poesia'', de Antonio Hohlfeldt, que conviveu com Quintana e escreveu outros textos importantes sobre o poeta. Baú de espantos foi uma das última obras de Quintana e reuniu 99 poemas até aquela data inéditos, havendo inclusive escritos de sua juventude, como o poema ''Maria'', de 1923, quando ele tinha 27 anos, o que confere ao livro uma estrutura de rigorosa montagem e um caráter especial. Quase todos os poemas são breves e em versos livres, mas há sonetos (alguns com métrica e rima) e mesmo poemas em quadras com versos heptassÃlabos e rimados.
Na apresentação do volume, Antonio Hohlfeldt alinhava as principais linhas de força que atravessam a poética de Quintana. Dentre elas, destaca-se no seu processo de criação o permanente diálogo que o poeta mantinha consigo mesmo, numa espécie de solilóquio continuado, paralelo ao diálogo envolvente com o leitor como procedimento de recepção. Os temas, sempre variados, quase sempre surgem em pares combinados por oposição: fim do mundo versus presença da eternidade, Deus versus Diabo, passagem do tempo versus progresso, poesia versus poeta, anonimato versus solidão, ausência fÃsica versus presença pela memória, tempo que destrói a vida versus infinitude da morte etc. Destaca-se, sobretudo, a reflexão sobre o próprio fazer poético como o principal procedimento criativo do autor. Tomando a poesia como móvel para o encantamento, Quintana promove a elevação do cotidiano a objetivo central, a partir do qual ele revisita sua infância (não vista de modo saudosista ou nostálgico, mas como possibilidade de manutenção da capacidade de perguntar e descobrir) e repropõe a necessidade do espanto permanente diante das pequenas ou grandes descobertas do homem comum. Ao mesmo tempo, alinhava os temas da viagem (para dentro de si mesmo), da morte e de sua significação, dando continuidade, nesse último aspecto, a uma constante em seu trabalho.
A edição vem ainda enriquecida com uma ''Bibliografia do Autor'' (incluindo obra publicada no Brasil e no exterior, participações em antologias nacionais e estrangeiras, obras de Quintana traduzidas e obras traduzidas por Quintana), uma ''Bibliografia selecionada sobre o autor'', e uma extensa ''Cronologia'' de sua vida e obra.