A autora apresenta, neste livro, uma pesquisa profunda e uma análise perspicaz da história da fonoaudiologia. Contrapondo-se à idéia dominante de que essa especialidade teria surgido na década de 1960 com a criação dos primeiros centros universitários, ela nos descortina o processo social em que se deu a constituição de sua prática, estreitamente ligada ao processo educacional, nos anos de 1920 e 1930. Esse encontro histórico entre a educação e a fonoaudiologia deu-se numa época de controle sistemático da língua-pátria, nos bancos escolares, para neutralizar a influência dos imigrantes. Assim, a autora debate a institucionalização dos distúrbios de linguagem e sua conceituação entre os profissionais de saúde e educação.