Livro - Escola que Não Tive... o Professor que Não Fui..., A

Não se tem, aqui, "um libelo de acusação contra ninguém". Tem-se, isso sim, a posição clara de quem "não queria escrever sobre educação como algo acontecendo fora de si". Eis tudo. O livro é o autor: filósofo educador, no arrojo da reflexão filosófica que, a um só tempo, ilumina a práxis educativa e é por ela iluminada. É livro que o autor perde tão logo o leitor dele se aposse, não lhe sendo possível deixar de se tocar e envolver, seja pelo pensar filosófico, seja pelo relato da experiência vivida, instigantes, um e outro. Por isso, pensadores e educadores têm, aqui, farto material: hão de inebriar-se no contato com o autor, incomodado educador e insistente pensador. Como qualquer livro, não é definitivo, o que não impede que seja um livro para muito tempo, porque, ao tratar do problema do "quefazer" filosófico da educação, o faz numa perspectiva em que "a idéia não amarre, mas liberte; a palavra não apodreça; a imaginação não desmaie, mas exploda", construindo, assim, "um saber feito de bem-querer". E, então, sem fim.