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Livro - Uma noite no palácio da razão - O encontro de Bach e Frederico, o Grande, na era do Iluminismo
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Nesta história vÃvida e maravilhosa, James R. Gaines coloca, lado a lado, duas memoráveis e diferentes figuras históricas. Em UMA NOITE NO PALÁCIO DA RAZÃO, o leitor irá acompanhar, ao longo de uma noite em Postdam, em 1757, o encontro do compositor Johann Sebastian Bach ? o velho Bach, como era conhecido aos 62 anos ? e o jovem rei russo, Frederico II, o Grande.
Bach criou o que muitos consideram a mais transcendente obra musical do repertório clássico. Frederico, o Grande, construiu as bases do que conhecemos hoje como a Alemanha. Bach, compositor treinado na tradição barroca, era luterano, germanófilo. Frederico, rei cioso das novidades e oportunidades na polÃtica e na música européias, era um calvinista relapso, amante da cultura francesa, mal falava o alemão. O encontro entre os dois em 1757 assinalou o momento em que essas visões de mundo colidiram. As centelhas desse breve conflito iluminaram um momento histórico do século XVIII.
O encontro inusitado entre o rei guerreiro triunfante, saudado por Voltaire como o próprio sÃmbolo jovem do Iluminismo, contrapondo-se a um compositor religioso, um gênio questionado em seus últimos anos, sÃmbolo de um mundo do passado, é o que faz de UMA NOITE NO PALÁCIO DA RAZÃO um livro memorável. Por trás da pompa e do brilho, Frederico, o Grande, rei da Prússia, era um homem atormentado. Seu pai, Frederico Guilherme I, aterrorizava-o. A personalidade de Frederico foi cristalizada no gosto pela guerra; pela proximidade com os grandes homens e os que estavam próximos dessa condição. Esforçou-se para trazer o ?velho Bach? para a sua coleção de celebridades.
Auxiliado pelo próprio filho do compositor, C. P. E. Bach, principal tecladista do grupo privado de música de câmara do rei, Frederico havia preparado um desafio cruel para seu convidado de honra: improvisar uma fuga em seis partes, com um tema tão diabolicamente difÃcil que muitos achavam que somente o filho de Bach poderia tê-lo imaginado. Bach deixou a corte furioso.
Numa febre de criação, o compositor usou a linguagem do contraponto para escrever em resposta Oferenda musical Â? uma das maiores obras de arte na história da música. O autor expande a história triunfante desta vitória de Bach para focalizar o tumulto do século XVIII: o legado da Reforma, das guerras e o nascimento do Iluminismo. Mais importante: narra a gênese daquele episódio em que a Fé encontrou a Razão. Pleno de originalidade e inteligência, UMA NOITE NO PALÁCIO DA RAZÃO é história das idéias e da cultura no que há de melhor, Ãntimo na sua escala e amplo em sua visão.