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Este livro apresenta personagens e fatos dos últimos séculos da Idade Média.

Em uma proposta de trazer à luz cristãos discriminados e pouco conhecidos, a autora, em seu aperto de mão com o passado, apresenta o contexto da época; o papel feminino; a vida das beguinas (mulheres caridosas que dedicaram suas vidas ao cuidado e amparo dos menos favorecidos); Margarita Porete, uma beguina escritora e divulgadora de suas ideias, e a Inquisição.

Consideradas transgressoras por errar nos artigos da fé e ensinar o evangelho na língua do povo e não no latim, a única língua considerada sacra e autorizada a expressar a Palavra de Deus à época, as beguinas foram suprimidas da Igreja.

Margarida Porete foi considerada herética e foi queimada junto com seu livro O Espelho das almas simples e aniquiladas, no qual discorreu sobre a importância do cristão esvaziar-se de si mesmo para ser cheio do espírito de Deus.

A leitura irá proporcionar uma reflexão sobre a heresia, sobre o perigo de se tirar o mérito da salvação de Jesus Cristo e colocar em homens ou obras e o prejuízo causado aos cristãos de todas as épocas pela falta de amor e excesso de poder dos líderes religiosos.

Como em seu primeiro livro: Uma voz feminina na Reforma, a escritora destaca o silêncio das mulheres na História e o preço pago pela ousadia de falar, como destacado na epígrafe de Blanca Gari e Alicia Padrón Wolff:

¿Mulheres que falam, a transgressão que representa este ato não reside propriamente no falar. As vozes que sonham no interior dos espaços privados, femininos, não são transgressoras em si mesmas.A transgressão está em serem ouvidas. É o falar em público o que irrompe como perversão no cenário da Baixa Idade Média¿.