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Na década de 80, Clara Sandroni surgiu como uma das boas promessas da geração Circo Voador. O grande alcance vocal e as personalíssimas interpretações ajudaram Clara a ampliar seu público entre o Rio, onde era uma das mais pedidas da programação seminal da Rádio Fluminense, e São Paulo, onde a identificação estética com a chamada Vanguarda Paulista credenciava-a a figurar sistematicamente ao lado de figuras proeminentes da música independente da paulicéia, como José Miguel Wisnik, Luiz Tatit e o grupo Rumo.
Seus dois primeiros discos, de 1984 e 1987, apontavam para as vanguardas, apoiados na experimentação e na não-submissão às mais óbvias regras mercadológicas. O terceiro álbum de sua carreira, batizado apenas com o nome da cantora, apresenta uma Clara Sandroni mais madura em relação aos anteriores, apostando em compositores consagrados da música brasileira, mas mantendo o caráter conceitual de sua música. Lançado originalmente pela Kuarup, em 1989, este álbum volta ao catálogo, desta vez pela Biscoito Fino.
O álbum começa com um clássico ?revelado? por Clara e seu irmão Carlos. Guardanapos de Papel, do uruguaio Lee Masliah, uma elegia aos poetas da canção, cujos versos foram adaptados para o português por Carlos Sandroni: ?Não desejam glórias nem medalhas / se contentam com migalhas de canções e brincadeiras / com seus versos dispersos / obcecados pela busca de tesouros submersos?. Destaque para o violoncelo do maestro Jaques Morelenbaum nesta canção, que posteriormente seria gravada por Milton Nascimento (1997), quase uma década depois de lançada por Clara. Milton é o convidado para dividir com Clara Um Índio, de Caetano Veloso, num dueto tranqüilo e infalível. Assim como Guardanapos de Papel preconiza os tesouros submersos dos poetas, a canção de Caetano é metáfora de um sentimento que, ao revelar-se, surpreende pelo fato de ter sempre estado oculto. Propriedade da arte que Clara Sandroni parece expressar a cada audição.
Também de Caetano é O Homem Velho, lançado no disco Velô, de 1984. Apoiada no baixo de Yuri Popoff, no saxofone soprano de Paulo Sérgio Santos, nas guitarras de Alfredo Machado e Henrique Lissovsky, Clara Sandroni nos satura a alma de poesia, soul e rock´n´roll, antes de render-se à Lapa atemporal da Homenagem ao Malandro, de Chico Buarque, entre o Café Nice dos anos 30 e o Circo Voador dos 80. O naipe de percussão, formado por Robertinho, Ronaldo e Vanderlei Silva, Marcos Suzano, Edu Szajnbrum e Marcelo Costa chacoalha mais que o malandro no trem de central. Nas trilhas do samba, o canto de Sandroni espanta mau olhado, azar e febre quando acende a Vela no Breu, com a chama poética de Paulinho da Viola e Sérgio Natureza. No rumo das pedras de Minas, Clara vai ao encontro de Milton Nascimento e seus parceiros do Clube da Esquina, E Daí percorre o nordeste de Luis Vieira e João do Valle, em Na Asa do Vento, acalentando a mística de Caymmi (Pescaria, Santa Clara Clareou) e Gilberto Gil na nietzschiana Super Homem. Bahia presente também na inspiração de Arraial da Ajuda, do mineiro Yuri Poppoff. Na praia carioca, Clara interpreta os irmãos Carlos e Luciana Sandroni (Falta um Pé), a onipresente Joyce (Canário do Brasil) até chegar Em Angra (de Carlos Sandroni, Mario Adnet e Rodrigo Campello), a bordo das teclas de Helvius Vilella e Paulo Malagutti, das cordas de Muri Costa e Novelli, do sopro de Guilherme Dias Gomes. Clara Sandroni, Muri Costa e Mario de Aratanha assinam a produção do disco.

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