Se você soprou ou logo vai soprar 39+1 velas no seu bolo de aniversário, este é o seu livro. A protagonista é uma mulher que trabalha, tem três filhos ? um adolescente e duas meninas pequenas -, um ex e um marido, sogros, pais e irmãos, amigas íntimas, alguns quilos e algumas rugas a mais e muito senso de humor. Cecília, ou Ilia, como prefere ser chamada, odeia Carnaval e os conselhos da esteticista, adora fazer compras e fofocar com as amigas ? o que, convenhamos, é algo de que toda mulher gosta, aos 20, 30 ou 40 anos ?, e se estressa com as festas de Natal e as visitas ao ginecologista. Quando conhecer uma mulher de quarenta e quiser saber rapidamente se ela é uma ?das nossas?, Sílvia sugere uma pergunta infalível: ?Você faz dança de salão?? Fazer quarenta não é a maior maravilha; tem alguns inconvenientes, especialmente físicos, mas há grandes vantagens também. Quais? É evidente que, na casa dos 40, usar óculos para ler, ter celulite e ver como o ponteiro da balança vai oscilando cada vez mais para a direita não é agradável, mas nenhuma dessas coisas pode afundá-la em uma depressão, nem sequer estragar o seu dia. Aos quarenta, tudo, ou quase tudo, se encaixa com mais serenidade. Você já sabe que pode escolher as pessoas com quem quer estar, os filmes que quer ver, a roupa que quer vestir, sem ter de se restringir a nada mais que a seus próprios gostos. Não é preciso seguir a moda, ser politicamente correta, demonstrar a cada instante que você é uma Mulher Maravilha. Você já assumiu que não é. Como é possível ser uma Mulher Maravilha e ao mesmo tempo ter celulite e a vista cansada? Fora isso, o ?padrão de qualidade? exigido de uma mulher de quarenta não é nada perto daquele que cobram de uma mulher abaixo dos 35. Para estas, ouvir ?você está ótima? beira a ofensa. Elas têm de ouvir um ?que gostosa? ou, no mínimo, ?tem uns quilos a mais, mas... olha que peitos!?