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Livro - Ligações Poderosas
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Tráfico de drogas, juÃzes corruptos, bandidos cruéis e impiedosos e detetives atormentados por traumas psicológicos. Junte tudo isso numa trama com vários personagens e cenas de ação muito bem escritas e o resultado é Ligações poderosas, de Phillip Margolin, ótimo livro policial escrito por um advogado que trabalhou na área criminal e conhece bem "o fio da meada" deste tipo de literatura.
Margolin, que apesar do nome francês é americano, descreve em detalhes o funcionamento de um cartel de drogas mexicano e suas devidas ramificações no poderoso paÃs vizinho. Pedro Aragon, que deixou as favelas mexicanas para viver o sonho americano, é o elo entre esses dois mundos unidos por um mesmo interesse: a droga. Eficiente para usar uma serra elétrica quando for preciso, é ele quem abre o livro, fazendo uma transação reunindo (a princÃpio) ingênuos calouros de uma universidade com "rostos bem nutridos ainda marcados de acne", mas logo no primeiro capÃtulo o autor já mostra o que vai ser a trama - uma série de reviravoltas e disfarces que levam o leitor a fazer deduções que nunca se concretizam.
A leitura é rápida, apesar das mais de 300 páginas, isto porque além de um ritmo ágil a história é contada principalmente através de diálogos dos muitos personagens. E dá para perceber que o autor conheceu bem o linguajar não só das ruas, mas também dos bastidores luxuosos que envolvem o submundo das drogas. GÃrias, palavrões, intimidações, prostituição, tudo tem o seu devido vocabulário e nada parece forçado.
Alguns personagens que pareceriam importantes vão morrendo no meio do caminho, o que de modo algum enfraquece a história. Há inclusive um assassinato que no fim vai se revelar a grande surpresa do livro. O autor não poupa detalhes bizarros em seus criminosos, como o senador Harold Travis, provável candidato à presidência, chefe de um lobby usado para derrubar um projeto contra clonagem e que nas horas vagas se diverte batendo em prostitutas bem jovens.
A prisão de Jon Dupre, o agenciador das prostitutas, é o ponto central do romance. É quando surge Amanda Jaffe, ex-nadadora profissional e advogada traumatizada com a perseguição que sofreu de um cirurgião sádico, e que acredita na inocência de Dupre. Outra figura bastante problemática é o promotor público Tim Kerrigan, também conhecido como "The Flash", e que tinha tudo para ser o mocinho da história, com sua famÃlia exemplar e uma promissora carreira polÃtica. Enquanto lê para a filha trechos de Alice no paÃs das maravilhas todas as noites, Kerrigan revela uma tendência à autodestruição que vai provocar a maior reviravolta da trama.
É este o detalhe que mais chama a atenção em Margolin. Ele consegue levar seus personagens a realizarem aquilo que eles não pareciam capazes de fazer, seja para o bem ou para o mal. E isso sem parecer forçado, de uma forma bastante natural. Dominar esta técnica é o maior trunfo de quem quer contar uma história surpreendente. E o escritor americano parece não fazer esforço nenhum para levar a trama do jeito que quer, mesmo que seus personagens às vezes sofram um pouquinho.
Margolin, que apesar do nome francês é americano, descreve em detalhes o funcionamento de um cartel de drogas mexicano e suas devidas ramificações no poderoso paÃs vizinho. Pedro Aragon, que deixou as favelas mexicanas para viver o sonho americano, é o elo entre esses dois mundos unidos por um mesmo interesse: a droga. Eficiente para usar uma serra elétrica quando for preciso, é ele quem abre o livro, fazendo uma transação reunindo (a princÃpio) ingênuos calouros de uma universidade com "rostos bem nutridos ainda marcados de acne", mas logo no primeiro capÃtulo o autor já mostra o que vai ser a trama - uma série de reviravoltas e disfarces que levam o leitor a fazer deduções que nunca se concretizam.
A leitura é rápida, apesar das mais de 300 páginas, isto porque além de um ritmo ágil a história é contada principalmente através de diálogos dos muitos personagens. E dá para perceber que o autor conheceu bem o linguajar não só das ruas, mas também dos bastidores luxuosos que envolvem o submundo das drogas. GÃrias, palavrões, intimidações, prostituição, tudo tem o seu devido vocabulário e nada parece forçado.
Alguns personagens que pareceriam importantes vão morrendo no meio do caminho, o que de modo algum enfraquece a história. Há inclusive um assassinato que no fim vai se revelar a grande surpresa do livro. O autor não poupa detalhes bizarros em seus criminosos, como o senador Harold Travis, provável candidato à presidência, chefe de um lobby usado para derrubar um projeto contra clonagem e que nas horas vagas se diverte batendo em prostitutas bem jovens.
A prisão de Jon Dupre, o agenciador das prostitutas, é o ponto central do romance. É quando surge Amanda Jaffe, ex-nadadora profissional e advogada traumatizada com a perseguição que sofreu de um cirurgião sádico, e que acredita na inocência de Dupre. Outra figura bastante problemática é o promotor público Tim Kerrigan, também conhecido como "The Flash", e que tinha tudo para ser o mocinho da história, com sua famÃlia exemplar e uma promissora carreira polÃtica. Enquanto lê para a filha trechos de Alice no paÃs das maravilhas todas as noites, Kerrigan revela uma tendência à autodestruição que vai provocar a maior reviravolta da trama.
É este o detalhe que mais chama a atenção em Margolin. Ele consegue levar seus personagens a realizarem aquilo que eles não pareciam capazes de fazer, seja para o bem ou para o mal. E isso sem parecer forçado, de uma forma bastante natural. Dominar esta técnica é o maior trunfo de quem quer contar uma história surpreendente. E o escritor americano parece não fazer esforço nenhum para levar a trama do jeito que quer, mesmo que seus personagens às vezes sofram um pouquinho.