Tempos de destruição: educação, trabalho e indústria do petróleo no Brasil procura oferecer, com um olhar marcado pelas contradições e mediações dialéticas existentes no modo de produção capitalista, alguns elementos e problematizações referentes à formação profissional dos trabalhadores da Petrobras. Tendo como referência as profundas transformações oriundas da crise econômica, política e social presente no capitalismo monopolista nas últimas décadas que se materializam na negação progressiva do Estado Nacional e na precarização gradativa das empresas estatais, o livro critica a construção histórica de processos alienantes que (des)qualificam o trabalho na Petrobras. O autor aborda a resistência dos petroleiros ao que denomina tempos de destruição, tempos cujos alicerces são baseados no aumento da violência e da idiotice da profissão, na falta de esperança e na decadência das estruturas sociais. Tempos que jogam os trabalhadores uns contra os outros, apostando no darwinismo social e sua utopia única: o emprego, a materialização capitalista da exploração do homem pelo homem. Este estudo faz parte de ampla pesquisa apresentada como tese de doutorado em história da educação, no Departamento de Filosofia e História da Educação da Faculdade de Educação da Unicamp.