Livro - Meu Tio Roseno, A Cavalo

Ao revés da borracha, segue Brioso, marchador, estremecendo por vezes a pelagem úmida, exalando suor e salitre, a relinchar manhoso a cada ameaço de emburrar para não seguir caminho, empacador. Bufando e soltando fumaça vai, porém, nosso zaino, carregando, pelas trilhas encharcadas, tio Roseno, de véstia de couro e grande chapéu, a barba moça e entranhada da chuva que desaba sobre a estrada que das ribeiras do Ivaí vai dar, longem no Paranapanema, desde o trevoso céu. Posto que nascerá, da barriga de Doroí, o primeiro filho, uma filha para ser mais certo, e que na vida de um homem não falhe nunca a fé na paciente semente.