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Livro - Orson Welles
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Parte da coleção da Cahiers de Cinema, que começa a ser lançada no Brasil pela Zahar, este ensaio de André Bazin foi escrito originalmente em 1950, quatro anos depois do lançamento de Cidadão Kane, obra-prima de Orson Welles. No texto, Bazin mostra toda a originalidade de seu pensamento como crÃtico e também faz uma brilhante defesa do cineasta, então acusado de escarnecer de Hollywood, esbanjar orçamentos milionários sem resultados e realizar filmes incompreensÃveis. Tornou-se célebre, com a publicação do ensaio, a interpretação de Bazin sobre o sentido da profundidade de campo em Cidadão Kane.
Mais tarde, em 1958, ano de sua morte, Bazin preparou uma segunda edição ampliada de Orson Welles, incluindo novos filmes e comentários sobre a trajetória artÃstica do diretor, um dos maiores gênios da cinematografia mundial. No livro, todos os estudiosos e fãs do cinema encontrarão parâmetros fundamentais para julgar e apreciar os filmes do passado e do presente.
Nas décadas de 1940-50, a crÃtica de cinema limitava-se a comentar enredos e personagens, atribuindo aos filmes qualidades como "excitante", "de pavor" e "divertido". Bazin rompeu com estes juÃzos de valor rasteiros e inaugurou um novo modo de fazer crÃtica, que ia muito além da enumeração de adjetivos: analisava o filme profundamente e o interpretava a partir do cruzamento com as artes plásticas, a música, a história e a filosofia. Escrevendo em revistas especializadas ou em periódicos de grande circulação, Bazin revelava aspectos até então ignorados pelo público e pela própria indústria cinematográfica: o papel do cenário nos filmes de Marcel Carné; o movimento da câmera, nos de Jean Renoir; o significado dos pontapés distribuÃdos por Carlitos, nos de Charlie Chaplin.
Mais tarde, em 1958, ano de sua morte, Bazin preparou uma segunda edição ampliada de Orson Welles, incluindo novos filmes e comentários sobre a trajetória artÃstica do diretor, um dos maiores gênios da cinematografia mundial. No livro, todos os estudiosos e fãs do cinema encontrarão parâmetros fundamentais para julgar e apreciar os filmes do passado e do presente.
Nas décadas de 1940-50, a crÃtica de cinema limitava-se a comentar enredos e personagens, atribuindo aos filmes qualidades como "excitante", "de pavor" e "divertido". Bazin rompeu com estes juÃzos de valor rasteiros e inaugurou um novo modo de fazer crÃtica, que ia muito além da enumeração de adjetivos: analisava o filme profundamente e o interpretava a partir do cruzamento com as artes plásticas, a música, a história e a filosofia. Escrevendo em revistas especializadas ou em periódicos de grande circulação, Bazin revelava aspectos até então ignorados pelo público e pela própria indústria cinematográfica: o papel do cenário nos filmes de Marcel Carné; o movimento da câmera, nos de Jean Renoir; o significado dos pontapés distribuÃdos por Carlitos, nos de Charlie Chaplin.