Obcecados com a idéia de se tornarem mais ricos, mais magros, mais bem-sucedidos e mais jovens, homens e mulheres se afastam cada vez mais dos princípios do prazer e da felicidade. Para conter essa "epidemia" que se alastra pelos Estados Unidos e por todo o mundo, o autor do best-seller The Metrosexual Guide Style está de volta com um bem-humorado manual que revela como uma vida vivida sem prazer, beleza e um grau razoável de auto-indulgência é uma vida triste e desperdiçada.

A fim de captar o verdadeiro significado do hedonismo, Michael Flocker convida seus leitores para uma viagem no tempo até a Grécia Antiga, quando o conceito foi definido pela primeira vez. A doutrina que considera o prazer ou a felicidade como o único ou principal bem da vida serviu de inspiração para importantes personagens da história, como Cleópatra, rainha do Egito, Calígula, o polêmico imperador romano, e Luís XVI, autoproclamado "Rei Sol" na França.

Os exemplos ao longo dos séculos demonstram que as premissas hedonistas foram desvirtuadas e pervertidas a ponto de hoje terem conotações negativas na cabeça de muitas pessoas. Conectadas ao mundo real por meio do celular, da internet e da televisão, elas esquecem que, embora o excesso seja ruim, uma vida que consiste apenas de trabalho, virtude, sacrifício e autodisciplina é o caminho contrário ao da felicidade. É para essas que Flocker propõe uma urgente intervenção hedonista.

Para avaliar o verdadeiro grau de sucesso de sua vida, homens e mulheres devem se fazer as seguintes perguntas: "Os seus relacionamento são estáveis e descomplicados?", "Você dá boas risadas todos os dias?", "Consegue confiar nas pessoas?", "Aproveita ao máximo as coisas ao seu redor?". Se a resposta é sempre não, é hora de repensar os seus objetivos e seguir as sugestões do autor para dominar a esquecida e inigualável arte do lazer e do prazer.

Sem medo de parecer politicamente incorreto aos olhos de extremistas religiosos, instrutores e psicólogos, Michael Flocker recomenda dez alimentos com alto teor de carboidratos que dão mais satisfação, luxos razoáveis e essenciais, como jóias e um guarda-roupa elegante, vícios picantes, como jogar, fazer sexo com um ex, comer molho cremoso, ligar para o trabalho se dizendo doente, comprar a crédito, tramar uma vingança e outras coisas más que são muito divertidas.

A arte do hedonismo, preconiza este manual, deve ser praticada com regularidade e não apenas em dias de folga ou durante as férias. Quem cede à beleza, ao prazer e ao gosto pela vida diariamente, não só se sente mais feliz todos os dias como tem menos chance de entrar em depressão quando as coisas realmente ficam difíceis demais. Hedonismo não é um palavrão nem uma filosofia irresponsável. Embora o nirvana permanente esteja fora do nosso alcance, o ser humano nunca deve desistir de buscar um estado tranqüilo de paz e de puro prazer. Só depende de você.