Qadehar, o feiticeiro, primeiro volume da trilogia O livro das estrelas, é dirigido, em primeiro lugar, ao público jovem. Os níveis de leitura, entretanto, são tantos e tão fascinantes, que os adultos certamente também serão seduzidos. Os personagens são tratados com delicadeza, e o lado psicológico de cada um, trabalhado com muita sensibilidade, conseqüência natural de um projeto literário que pretende, antes de qualquer coisa, resgatar valores importantes, como amizade, solidariedade e generosidade.
A história acontece no país de Ys, um mundo criado por Erik L?Homme, e no qual adoraria viver, misturando Idade Média e modernidade, vida rude e conforto, sonho e realidade. Um mundo que se parece com ele, e no qual sente-se bem à vontade para dar vida a seus personagens. O mundo certo, a França, e o incerto, as terras selvagens e fantásticas ainda inexploradas.
Quando procurava um nome para o protagonista de O livro das estrelas, o petroleiro Erika naufragou na costa da Bretanha, provocando uma imensa catástrofe ecológica. Entre os pássaros mais atingidos por esta terrível mancha negra estava o Guillemot de Troïl. Portanto, lhe pareceu natural a tentativa de colocar o pobre sobrevivente protegido das loucuras dos homens e de oferecer, como homenagem, o nome dele ao aprendiz de feiticeiro que começava a nascer.
Guillemot de Troïl tem 12 anos, é um menino doce e sonhador, que quer ser cavaleiro um dia. De repente, fica muito surpreso quando percebe que tem talento para a magia. Seu dom revela-se com tanta facilidade, que Qadehar, o mais famoso feiticeiro da Guilda, resolve contratá-lo imediatamente como aprendiz e revela também que o poder que ele tem é realmente excepcional.
Assim que Guillemot descobre que uma jovem foi raptada pelo orks, mas que, na verdade, ele era o alvo, decide libertá-la de qualquer jeito. Na retaguarda, estão seus melhores amigos, Romaric, Grontram e as gêmeas Âmbar e Corália. Juntos, eles atravessam a porta que separa o mundo certo do incerto e vivem uma aventura fantástica.