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A histeria desapareceu? Será que ela desistiu? Mas o que exatamente é a histeria? Precisamos da palavra para descrever as conseqüências de experiências que sejam fundamentais para a condição humana em todas as sociedades e sem a qual perdemos o entendimento dessas experiências tanto em mulheres quanto em homens? Resistindo às tendências do pós-modernismo e do desconstrutivismo, LOUCOS E MEDUSAS oferece uma descrição da histeria através da história e das culturas. Aqui, Juliet Mitchell defende que a histeria é sempre uma condição humana potencial, com manifestações variadas mas persistentes em culturas e épocas diferentes. Usando exemplos tirados da antropologia, de casos de Freud, da literatura e de outras teorias psicanalíticas adaptadas a seu próprio trabalho clínico, Mitchell afirma que, embora a histeria possa ter desaparecido como categoria de doença, foi só seu entendimento médico e psicológico, e não a histeria propriamente dita, que desapareceu. Na busca da origem da histeria e dos sintomas histéricos, Mitchell desenvolve uma nova e importante teoria psicanalítica que destaca os relacionamentos laterais em relação àqueles entre gerações. Embora não conteste a importância do Complexo de Édipo, Mitchell defende que sua descoberta bloqueou nosso entendimento da histeria. Ela propõe uma ordem diferente, uma que envolve os irmãos. Os relacionamentos entre irmãos, diz Mitchell, são a grande omissão tanto na teoria psicanalítica quanto na prática clínica. Depois de uma visão geral das principais teorias da histeria do século XX, LOUCOS E MEDUSAS traz uma discussão impressionante e convincente da histeria como instrumento para entender a condição humana.