Internet

Google+. Mais uma tentativa da Google de ser “social”

Já fazem alguns dias que a gigante das buscas lançou o seu mais novo serviço, que alguns dizem ser uma rede social, mas a própria empresa nega esse rótulo. O Google+ (plus) chegou fazendo um baita barulho, utilizando a já conhecida estratégia dos “convites limitados” (mas abrindo as pernas bem rápido) e sendo falada em toda a Internet. Todo mundo quer testar o tal serviço, com isso, a base de usuários cresceu absurdamente rápido, mas eu vejo pouca gente efetivamente usando a ferramenta.

E, afinal, o que é o tal “plus”?

Alguns dizem que é uma tentativa marromeno de copiar o Facebook, outros dizem ser uma cópia melhorada do Yahoo! Meme, outros ainda dizem ser uma evolução do falecido Jaiku (da própria Google), mas no frigir dos ovos é um aglomerado de intersecções de outros serviços Google.

Começa com uma evolução do tal Google Profiles (70% de chance de você que está lendo isso nem saber que existia), misturado com um sei-l-a-o-que de Google Wave e um ‘cadinho de Google Buzz (todos serviços que não tiveram adesão dos usuários). Com uma interface que, certeza, foi criada por desenvolvedores, porém bastante prática, tem uma cara de rede social sim. O usuário pode adicionar pessoas em sua rede de contatos (chamada de “cí­rculos”), sem necessariamente precisar de uma permissão do adicionado. Filosofia Twitter: eu te sigo, você me segue se quiser.

(Ironia: o perfil mais seguido no Google+ é do Mark Zuckerberg, criador do Facebook.)

O avanço aqui é que não há limites do que compartilhar (aí­ temos a similaridade com o Facebook), seja texto, ví­deo, fotos, links, etc. As pessoas que te adicionaram em algum cí­rculo, acompanham o que você compartilha, seja direto dentro da rede, seja via “+1“, o “botão like” que a Google lançou dias antes de anunciar a rede. Esse é um outro ponto a ser observado, pois, segundo a Google, links compartilhados via “+1” podem interferir nos resultados de busca, dentro ou fora do “plus”.

Entre as firulas, o plus inaugurou dias antes do Facebook, o videochat em grupo (na rede da Google, o nome é “hangout”). Nota: o Facebook anunciou a mesma feature dias depois, em parceria com o Skype, serviço recém-adquirido pela Microsoft. É, eu também fiquei meio confuso, mas tudo bem. O tal do hangout está sendo usado inicialmente para testes do próprio hangout (como todo novo serviço, o próprio G+ tem mais compartilhamento sobre ele do que sobre assuntos úteis), mas acredito que deva se tornar uma evolução do Twitcam, se vingar, claro.

Mas, e aí­, vinga?

Pode ser que sim, não é? A vantagem é estar integrado com todos os serviços Google praticamente, e acredito que a empresa deva adicionar 100% dos seus serviços nesse pool (compartilhar documentos com GDocs, criar blogs internos com o Blogger… possibilidades infinitas quase). Mas daí­ a vingar, quem vai definir é o usuário. Se os usuários continuarem a utilizar, fatalmente o tráfego e base de serviços como o Twitter e Facebook vão cair e o G+ sai ganhando. Mas se isso não acontecer, não adianta tanta tecnologia, integração, inovação(?).

Euzinho aqui continuo cético quando se trata da Google em iniciativas sociais. Foram várias e várias tentativas de fazer algo nesse sentido e eles nunca acertaram a mão. Duvido muito que esse G+ dure. E, se durar, duvido que seja relevante o suficiente para fazer frente í s redes sociais que já estão por aqui. Meu pitaco? Quando passar a novidade, as pessoas enjoam e voltam a utilizar os meios que já estão, por assim dizer, consagrados.

E você? Já está usando? O que achou?

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