Depois de uma conversa que tive com meu cunhado, geólogo e ambientalista, comecei a ter mais interesse em assuntos relacionados ao meio ambiente, pois identifiquei em mim um grande consumidor de recursos. Minha ferramenta de trabalho é o computador, além de ser o meio é o fim, pois os produtos gerados por mim necessitam dele para serem consumidos. Energia elétrica, silício, plástico e tantos outros materiais envolvidos no meu trabalho são agressores ou consumidores de recursos naturais (ou ambos).
Fico feliz toda vez que encaro iniciativas como a do aquecedor movido a energia solar feito com materiais que seriam descartados. Projetos como esse possibilitam o acesso a energia limpa (não poluidora / geradora de resíduos), que geralmente são caras, í pessoas com menos recursos.
Mas a indústria também está atenta para essas questões. Toda redução de custo em projetos, gera automaticamente um aumento nas vendas e consequente aumento nos lucros. Mesmo que as iniciativas não sejam exatamente preocupação com o meio ambiente, devem ser louvadas e apoiadas, pois melhoram as nossas vidas direta ou indiretamente.
A empresa norte-americana Soliant Energy desenvolveu um novo tipo de painel solar diferente dos convencionais. Os atuais pesados e caros projetos compostos quase que exclusivamente de células foto-elétricas foram substituídos por painéis móveis com espelhos e lentes que capturam os raios solares – seguindo-o durante o dia – e o concentram nos pontos onde o silício está. Isso reduz em 88% o uso de silício, o material mais caro dos painéis, viabilizando o uso em residências e pequenos escritórios, dado o custo reduzido – metade do preço de um painel convencional.
A Soliant acredita colocar no mercado seu projeto até o final de 2007, talvez já o seu segundo design que está sendo desenvolvido, que concentra ainda mais luz no material foto-sensível e que custará 25% do valor de um painel convencional. Vamos torcer para que mais projetos como esse surjam em menos tempo.
Fonte: G1