Já faz um tempo que iniciativas lá de fora fazem um certo barulho nas terras tupiniquins, principalmente quando se trata de Internet. Por algum motivo que foge í s vezes ao meu entendimento, quando um brasileiro disponibiliza um serviço que fora lançado previamente por algum estrangeiro o pessoal critica mais que elogia. Alguém saberia me explicar o motivo?
Ora, sabe-se que a Internet foi inventada pelos gringos e trazida para nós alguns anos mais tarde. Sabe-se também que o acesso í tecnologia é estupidamente discrepante quando comparamos Brasil e EUA (por exemplo). Somente esses dois motivos já dariam uma margem de “vantagem” aos estadunidenses com relação aos brazucas. Então porque cargas d´água temos que ser obrigados a inventar sempre coisas novas, sair na frente, ser “melhores”, “tirar onda” …? Será que isso é “orgulho de ser brasileiro”?
De uns tempos para cá, têm surgido diversos serviços semelhantes ao Digg em nosso território. Isso não é ruim! Isso é bom! Quando há diversidade de serviços semelhantes, há a concorrência e isso sempre tende a ser um fator de seleção. Os melhores sobrevivem, os mais ou menos se melhoram e os ruins tendem ao fracasso. Regrinha básica de competição em qualquer negócio.
Para quem não conhece o Digg ou seus clones, o site possui um sistema de jornalismo colaborativo online. Você, usuário comum, leitor do site, é quem escreve a notícia, publica, edita, aprova, elege para a primeira página ou elimina. Claro que com algumas regrinhas para não virar bagunça, mas a grosso modo são os próprios leitores que fazem o site.
Isso tem sido uma revolução na Internet e sites como esse de diversos modelos já foram chamados de “base” para a Web 2.0, ou a própria Web2 em si.
Iniciativas brasileiras, mesmo que inspiradas ou copiadas mesmo de serviços antes só disponíveis aos estadunidenses e outros países “desenvolvidos” devem ser apoiadas, mantidas, ajudadas. É assim que fazemos a nossa Internet crescer e dar frutos. Óbvio que com isso não estou incentivando a pirataria, o desrespeito aos direitos intelectuais ou comerciais, nem mesmo critdesmerecendo quem quer criar coisas novas, criativas, originais. Não me entendam mal.
Há alguns dias havia adicionado o botão do Rec6 na versão completa dos artigos, e a partir de hoje coloquei também o do Linkk. Se outros quiserem apoio para inclusão aqui, basta me enviar uma mensagem no formulário de contato com as instruções que eu prometo dar uma força.
Outras iniciativas do mesmo molde mas num modelo de negócio diferente valem ser lembradas também, mas para não fugir do escopo, escrevo num novo post.