A receita é muito simples e pode funcionar em qualquer grande veículo de comunicação. Para servir, acompanhe uma boa dose de cara-de-pau, um toque de dor-de-cotovelo e raiva injustificada í gosto. Acompanhe o preparo dessa iguaria.
Modo de preparo
- Seja editor em um grande veículo de comunicação, no assunto adequado ao evento que quer boicotar;
- Procure gerar uma polêmica vazia para alimentar a fraca pauta de sua editoria;
- Caso não funcione, envie seus repórteres ao evento, com a justificativa de estar cobrindo-o (use da prerrogativa de editor e de “imprensa”. sempre cola.);
- Filtre incondicionalmente todo o conteúdo enviado por sua equipe na seguinte proporção: 5% de elogios, fatos bons, novidades interessantes e curiosidades bacanas / 95% de futilidades, fatos ruins, acidentes, contravenções, pessoas sem conteúdo e afins;
- Assine os artigos mais absurdos como “da Redação”, os médios com seu próprio nome e os bonzinhos com o nome do jornalista responsável pela matéria;
- Destaque os piores textos na maior quantidade de locais que seu cargo permitir. O restante deixe morrer nos arquivos, o buscador que os encontre;
- Apele e fixe a idéia em um determinado assunto (de preferência insista na polêmica inicial). Repita textos sobre o assunto í exaustão;
- Escolha títulos sugestivos e depreciativos, como os exemplos fictícios de um suposto e igualmente fictício abaixo:
- Visitantes da Campus Party buscam mais que tecnologia (aqui fale sobre sacanagem)
- Jovem de 20 anos sofre convulsão durante a Campus Party (liste outras emergências médicas)
- Após vexame robótico, cão “hi-tech” tenta redimir categoria na Campus Party
- Inauguração da Campus Party tem samba, vaias e performance de Gil
- Apesar da proibição, participantes jogam Counter Strike livremente em evento de SP
- Para dar um toque final, salpique com fotos de gosto duvidoso e/ou constrangedoras.