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CD completa 30 anos. Viveu demais.

O Compact Disc, nome completo do nosso conhecido CD, completou ontem seu trigésimo aniversário – sem surpresa alguma – com queda nas vendas. Não é de hoje que o mercado aponta o fim da mí­dia e modelo de negócio praticado e explorado pelas grandes gravadoras, mas elas não estão querendo largar o osso assim tão fácil.

Frente ao comércio paralelo e ilegal de CDs piratas, a indústria fonográfica vem fazendo de tudo para adiar o inevitável. Uma das estratégias mais comuns é o barateamento do “acabamento”, por assim dizer, da obra. Faz-se uma caixinha pobrezinha de papelão, retira-se o encarte e sobra o que realmente importa: o CD.

Quem liga pra capa e encarte é colecionador. Consumidor quer a música.

Por conta disso, até mesmo a mí­dia é descartável. E não adianta distribuir em pendrives, pois eles só serão usados para copiar o conteúdo para o computador ou mp3 player. Não é uma questão de mudar a mí­dia fí­sica, é mudar a forma de pensar, o modelo de negócio. As pessoas não querem pagar 20, 30 reais em uma peça de acrí­lico com 12 músicas, mas estão dispostas a pagar 2 reais por uma música vendida online, sem mí­dia.

Para apoiar essa afirmação, basta observar o comportamento do consumidor de música. Qual foi o último CD que você comprou? Compare com sua coleção de MP3. Compare com a quantidade de música que você escuta em rádios online, em bibliotecas do iTunes compartilhadas em sua rede, no Last.FM (enquanto ainda pode). Comparar é covardia, não é?

O mercado de venda de música – só a obra, não a mí­dia – online só tem crescido. Cada vez mais gravadoras estão aderindo ao formato. Só faltam mais lojas. Concorrência é sempre bom para nós, consumidores.

O CD está morto. Longa vida ao MP3!

* Foto: Ms Spider66

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