Após a aquisição do e-bit, serviço de avaliação de lojas online, o Buscapé vai í s compras mais uma vez e arrebata 85% do site Pagamento Digital, um dos gateways de pagamento online brasileiros. O valor da transação não foi divulgado, muito menos se haverá mudanças de nome ou equipe técnica.
Com uma tacada só, o Buscapé agrega em seu portfolio de serviços uma ferramenta de análise de riscos para as lojas credenciadas e todas as ferramentas de pagamento para os clientes dessas lojas. Um dos destaques está na segurança para o comprador, que pode, por exemplo, cancelar o pagamento após 14 dias se o produto não for entregue.
A estratégia das grandes companhias em agregar serviços
Assim como o UOL, que comprou o BRPay e transformou no PagSeguro, o Buscapé sabe que a quantidade de serviços que oferece aos seus clientes incentiva a fidelidade dos mesmos. A comodidade de poder efetuar várias tarefas num mesmo local não é nova, caso contrário os shopping centers seriam notícia fresca. Associar uma marca que o cliente já confia a um novo serviço, já existente e funcional, prova ao usuário que a empresa conhece e confia o suficiente no serviço ao ponto de empenhar sua reputação. É mais rápido e mais barato que desenvolver um sistema concorrente do zero.
Como o Buscapé não estava nesse ramo antes da compra, do ponto de vista do monopólio, é menos preocupante, já que o número de diferentes empresas prestando o mesmo serviço continua igual. Isso não significa que lá adiante o UOL ou o Buscapé não queiram comprar um outro concorrente para aumentar sua penetração no mercado e sua carteira de clientes, mas isso é outra história e mera especulação nesse momento.
A intenção do comparador de preços com a aquisição é aumentar suas operações no Brasil. O Pagamento Digital, que conta hoje com cerca de 500 clientes e se espelha no pioneiro PayPal, deve movimentar aproximadamente R$ 20 milhões até o final de 2008.
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