Seguindo a linha de encontros promovidos pelo Manoel Fernandes da Revista Bites, aconteceu na última sexta-feira, dia 21 de Setembro, um café da manhã no escritório do iG em São Paulo. Entre os presentes, praticamente o mesmo número de pessoas de cada lado, um grupo pouco maior que o do encontro anterior, no Yahoo! Brasil.
O Internet Group do Brasil, que já teve sua sigla associada a Internet Grátis e Internet Generation, se mostrou interessada no que os blogs representam na chamada Web 2.0, conteúdo gerado por consumidor, colaborativismo, etc e tal. Citaram o slogan “O mundo é de quem faz” como sendo focado justamente nisso, mas em alguns momentos ainda se mostraram bastante ligados ao pensamento 1.0 da Internet, principalmente quando se trata de publicidade. Esse pareceu ser o motivo do encontro em primeira instância e por conta disso uma pergunta foi levantada algumas vezes: Como vender publicidade em blogs? Que formatos são interessantes, tanto para o blogueiro quanto para o anunciante? Quais são os limites?
Em minha modesta opinião (e acredito que de muitos outros), banner é um formato que já deu o que tinha que dar. Não adianta muito mudar os tamanhos ou a localização deles na tela, o que não funciona mais é o tipo de publicidade – exibição de uma mensagem em formato gráfico estático ou animado, em local estabelecido, contando-se pageviews e/ou clicks como modelo de tarifação. Não dá, já era. O usuário se acostuma com banners e passa a não enxergá-los na página ou pior, se irrita com a presença e utiliza plugins que os escondam.
A publicidade online precisa amadurecer, se renovar, da mesma forma que hoje vemos muitas peças offline com interferência na mídia ou no ambiente, peças inteligentes para a web podem ser feitas, aumentando consideravelmente o percentual da verba destinada í Internet – atualmente em 3% no Brasil contra 10% nos E.U.A. A Internet tem um grande potencial porque o ambiente permite que se personalize ao máximo, podendo chegar até a uma individualização de publicidade – talvez o máximo de direcionamento que podemos atingir hoje.
Além de propaganda, o iG quer e tem investido em conteúdo para o seu portal. Através de parcerias estratégicas, agregando sites e blogs em seu portal – o Interney.net, por exemplo – o iG não precisa criar equipes internas para produção de conteúdo, podendo focar no destaque desses parceiros, na venda de publicidade e na busca por mais usuários para os diversos serviços oferecidos. Isso é uma bom movimento, tanto para o iG quanto para os usuários e parceiros, que encontram no portal mais uma forma de divulgar o seu trabalho, aumentar a audiência e promover uma rentabilidade que o mantenha na estrada.
Foi um encontro bastante agradável. Conversamos bastante sobre Internet, blogs e obviamente houve momentos de total descontração, como ao descobrir que o nome Blig – o serviço de blog gratuito do iG – surgiu de um “insight etílico”. É como dizem, não conheço nenhum caso de bons amigos e boas idéias que tenham surgido ao redor de um copo de leite.
Estiveram presentes os blogueiros Lúcia Freitas, Gabriel Tonobohn, Lu Monte, Edney Souza, Tiago Dória, Bruna Calheiros e Patrícia Albuquerque, além da equipe do iG, entre eles o Caio Túlio (presidente), Gian Filli (CEO), Alex Rocco (marketing), Caique Severo e Ale Blanco (conteúdo), Marcela Tavares (web2.0), Andrea Bloglia (publicidade) e Ana Paula Piovesan (inteligência de mercado).
Veja as fotos do encontro com o iG no Flickr
Outros encontros já estão sendo marcados, dessa vez com várias empresas ao mesmo tempo e com um número maior de blogs. Serão eventos temáticos que acontecem í partir da última semana de outubro. Quer participar? Fala aí.
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